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Mural de arte urbana marca arranque da edição deste ano do Hat Weekend


Mural da dupla de ilustradores espanhóis Andrés Lozano e Tatiana Boyko dá "pontapé de saída" para a edição deste ano do "Hat Weekend", em S. João da Madeira. Ao longo desta semana, um muro junto do campo desportivo e de lazer da Cooperativa 11 de Outubro, viu nascer uma representação da história de S. João da Madeira, com uma imagem associada de um possível futuro de como a cidade poderá ser. Tudo isto fruto de uma reunião de ideias retiradas de uma breve aprendizagem da industria de chapelaria, associada a uma visão de crianças e jovens, que desenharam "S. João da Madeira há 100 anos atrás e 100 anos no futuro", referiu o ilustrador.

No entanto, esta representação teve ainda o contributo de quem partilha diariamente este espaço. Alguns moradores da cooperativa estiveram presentes na apresentação e lançamento do mural, ficando a conhecer o projeto e dando contributos para enriquecer uma parede que vai ganhar uma nova vida.

Recorde-se que este projeto está englobado no "Hat Weekend" - Festival do Chapéu, que regressa a S. João da Madeira, entre os dias 19 e 21 de julho, numa organização da Câmara Municipal, com o apoio de fundos comunitários do programa Norte 2020. Comissariado pelo Canal 180, este mural fará parte de um Circuito de Arte Urbana, intitulado "S. João da Madeira, cidade dos chapéus", e ligará diferentes zonas da cidade, onde outros artistas também irão trabalhar com a comunidade para criar novas obras de arte urbana.

Joana Galhano, diretora do Museu da Chapelaria e do Calçado, referiu a importância de envolver a comunidade no festival, até porque "o Hat Weekend dedica-se a homenagear o chapéu, os chapeleiros e a própria indústria, que ajudou a desenvolver a cidade", associada a uma visão que o artista poderá trazer com "um olhar de fora e que acresce valor", salientou. Entretanto, ficou a saber-se que este circuito contará ainda com mais três obras, que estarão a cargo de outros artistas, que a diretora do museu ainda não avançou nomes, sabendo-se apenas que a escolha recairá entre portugueses e estrangeiros.

Andrés Lozano deixou claro que o contributo de todos foi bastante importante para a sua criação. Daquilo que percebeu, um dos símbolos que quer deixar vincado no seu trabalho é a representação de uma das marcas da cidade, "as chaminés e as formas da arquitetura das industrias de S. João da Madeira", esperando que a comunidade se identifique e "conviva bem com este mural", referiu.

O mural, com 14 metros de largura e 4 de altura, onde o uso da cor é uma marca que sobressai, é inaugurado esta tarde, pelas 15h00.

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