Oliveira de Azeméis comemora este sábado, 5 de janeiro, 220 anos de emancipação concelhia. Num concelho com fortes raízes rurais, a industria tem um papel fundamental na sua economia. E da industria que mais marcou os oliveirenses foi a vidreira, que ombreou com a Marinha Grande a arte de trabalhar o vidro. Grande parte da história do concelho foi passada lado a lado com a industria vidreira, que marcou uma geração. E hoje, no âmbito das comemorações da emancipação concelhia, a Câmara Municipal resolveu homenagear cinco personalidades ligadas a esta indústria, numa cerimónia que decorreu na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro. Pedro Moreno, da Casa do Côvo, os industriais Júlio Gomes da Silva Mateiro e Augusto de Oliveira Guerra (a título póstumo), e ainda os vidreiros José Maria Costa e Alfredo Morgado.
"Temos razões para estar orgulhosos no nosso passado" - Presidente da Câmara Joaquim Jorge
Na intervenção que dirigiu aos presentes na sessão comemorativa dos 220 anos de emancipação concelhia, Joaquim Jorge, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, começou por dizer que "temos razões para estar orgulhosos no nosso passado, e no concelho que construímos, ao longo destes mais de dois séculos", afirmou.
O legado deixado pelos muitos ilustres oliveirenses, "gente cujo o exemplo do seu percurso de vida extraordinário, ajudou também a construir importantes páginas deste património coletivo, que é a nossa história", são agora alvo de homenagem.
"São as memória dessas pessoas, que temos a obrigação de continuar a preservar", asseverou Joaquim Jorge, que considera que a industria vidreira teve "uma importância social e histórica no concelho. E é esse legado que essa industria trouxe para o nosso concelho, as memórias que as gentes ajudaram a construir cá essa industria, que estamos hoje aqui a homenagear e a preservar, na
figura destes dois vidreiros, que foram pessoas absolutamente determinantes para a importância que o vidro teve no nosso concelho", afirmou.
Homens que contaram histórias, na primeira pessoa, que os marcaram a si e às suas famílias, ao longo das suas vidas, praticamente feita em torno do vidro.
"Temos de estar orgulhosos no nosso percurso coletivo, do trajeto que nos trouxe até aos dias de hoje. Hoje somos um concelho que empreende e surpreende, de gente que sabe fazer bem cá dentro e lá fora, dignos embaixadores nos quatro cantos do mundo" elogiou. Para o Presidente da Câmara, "aquilo que estamos a procurar fazer é também, de uma forma simbólica, sublinhar aquilo que nós hoje conseguimos ser". Na sua intervenção não deixou também de mencionar o dinamismo e empreendedorismo dos diversos industriais do concelho, sem nunca esquecer a força da "mão de obra de qualidade, que rivaliza com a dos países mais desenvolvidos", enfatizou.
Associado à força do trabalho, Joaquim Jorge enalteceu ainda a pujança e o dinamismo do associativismo oliveirense, que contribui para o engrandecimento do concelho, "e caracterizam a nossa capacidade coletiva, determinação, raça, para juntos transformarmos este concelho num dos melhores concelhos para investir, viver e trabalhar", admitindo que este tem de ser um desígnio de todos, "de todos juntos construirmos no presente, um concelho com futuro", concluiu.
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