De 19 a 21 de julho, o Hat Weekend – Festival do Chapéu regressa a S. João da Madeira e conta com mais de 50 eventos espalhados pela cidade chapeleira. Concertos, magia, exposições, residências artísticas, projetos com o envolvimento da comunidade, teatro de rua, circo, marionetas, roteiro gastronómico, feiras e muito mais irão fazer parte da vasta programação da 3ª edição do festival. Numa organização da Câmara Municipal de S. João da Madeira, em parceria com o Museu da Chapelaria e com o apoio do programa Norte2020, o festival de rua pretende celebrar o chapéu e as suas tradições.
O evento foi apresentado esta semana, e contou com a participação do Mágico Mário Daniel, um dos cabeças de cartaz da edição deste ano, que fará o seu espetáculo, dia 19 de julho, pelas 22h00, na Praça Luís Ribeiro, e que abrilhantou a sessão de apresentação.
Durante três dias o Hat Weekend vai envolver várias dezenas de artistas, nacionais e internacionais, em cerca de 60 momentos, que passam pela música, teatro, dança, circo de rua, ilusionismo, performances diversas e artes visuais, todos de acesso livre, centradas na Praça Luís Ribeiro e Museu da Chapelaria. No entanto, o festival prevê, ainda, o envolvimento da comunidade, com a participação de 300 cidadãos sanjoanenses no desenvolvimento de espetáculos inéditos, bem como de 16 restaurantes aderentes, numa rota que pretende valorizar o património gastronómico da região.
A abertura da 3ª edição do Hat Weekend está agendada para as 19h00 do dia 19 de julho, com a inauguração do Labirinto Sensorial “Fundição de Memórias II”, desenvolvido pela Associação de Jovens Ecos Urbanos, junto ao Museu da Chapelaria.
Novo mural integrado no Circuito de Arte Urbana do Hat Weekend inaugurado na Devesa Velha
Na passada sexta-feira, 28 de junho, foi inaugurado o quarto mural de arte urbana da cidade de S. João da Madeira, na Rua de D. Dinis, na Devesa Velha, da autoria da artista sul-africana Tara Deacon, incluído no Circuito de Arte Urbana do Hat Weekend - Festival do Chapéu. Recorde-se que esta iniciativa arrancou o ano passado com o mural de Mariana, a Miserável, junto ao Museu da Chapelaria. Entretanto, já este ano foram inaugurados os murais do espanhol Andrés Lozano, na Cooperativa 11 de Outubro e do português André da Loba, no Bairro do Orreiro. Este circuito ficará concluído, com a inauguração do quinto mural, no dia de abertura do festival, na Rua Padre António Oliveira, e será da autoria do artista italiano Jonathan Calugi.
No ato da inauguração, que contou com a participação da Banda de Música de S. João da Madeira, o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, começou por fazer o enquadramento do trabalho agora exposto, considerando que o facto de ali estarem visíveis tantos chapéus que se deve a que estes “são fundamentais na história de S. João da Madeira”. Fazendo referência a factos históricos que ligam à criação do concelho de S. João da Madeira, recordou que em 1926, “havia cerca de 200 empresas a fabricar chapéus”, classificando mesmo a então vila como “a capital ibérica do chapéu”. Segundo o edil sanjoanense, a indústria chapeleira “foi muito importante para o nosso desenvolvimento e crescimento económico”, e nesse sentido afirmou que S. João da Madeira “celebra a sua história industrial, aproveitando o que de melhor há no passado para o seu futuro”.
Este trabalho de Tara Deacon contou com o apoio dos moradores, e em especial de um jovem, de seu nome Afonso, que deu o seu forte contributo na pintura do mural, “num grande trabalho de equipa, que vem dar mais vida, mais cor e mais alegria à Devesa Velha”, considerou Jorge Sequeira.
Para a artista radicada na Alemanha, “este trabalho é uma homenagem a todos os homens e mulheres, que durante anos construíram a cidade, que vive muito de uma tradição e do legado da indústria chapeleira”. Segundo a Tara ao longo dos dias em que produziu o mural, foram criados fortes elos de ligação às pessoas da Devesa Velha, sendo que algumas delas ficaram mesmo representadas no mural. Mas o seu agradecimento especial foi para o Afonso, que deu uma grande ajuda, tornando possível a conclusão deste trabalho, reforçando o sentido de comunidade e de envolvimento, tão importantes para a conclusão de projetos deste foro.
Em paralelo, a cidade foi também invadida por um conjunto de chapéus gigantes, englobado no projeto “Chapéus com Memória”, num total de oito peças de artistas plásticos da região, que exploram símbolos e histórias da memória chapeleira.
Comments