Mau estado do relvado e preços elevados do bilhete de acesso à piscina municipal de S. João da Madeira, para todo o dia, foram as principais queixas dos utilizadores deste espaço público, afirmou Paulo Cavaleiro, vereador da coligação PSD/CDS-PP, no período de antes da ordem do dia da última reunião da Câmara Municipal. Segundo o vereador da oposição "muita gente se queixou do mau estado do relvado", realçando o facto de só uma parte ter sido intervencionada com tapete de relva, e sobre o preço dos bilhetes para o dia todo. "Os sanjoanenses gostam de ir à piscina sobretudo de manhã e agora queixam-se que o bilhete é caro", baseando-se numa publicação da autarquia na sua página do facebook, em que "90% dos comentários" fazem chamadas de atenção para esse facto. "Às vezes ser diferente não é pior" considerando que dessa forma "até poderemos ser diferenciadores". Admite que foi melhorada a questão das filas mas, garante que muito há ainda para fazer nesse sentido, lembrando que "com a intervenção de fundo que queríamos fazer e o Partido Socialista não deixou acontecer, votando contra a renovação das piscinas" fez com que tivesse sido adiada esse resolução "à espera de uma medida de grande alcance como era essa", afirmou. Mas, na sua ótica e mesmo pela sua própria experiência, assegura que os sanjoanenses usavam a piscina na parte da manhã com grande frequência, e que agora se deparam com uma bilhética penalizadora para quem opte apenas pelo período da manhã. Nesse sentido, questionou o presidente da Câmara, em que que ele se tinha baseado para "ter feito um balanço muito positivo", perante aquilo que diz ser um grande número de comentários a queixarem-se do preço dos bilhetes. "Quando tomamos decisões é muito mais útil, se tivermos alguns dados que nos ajudem, porque cada vez que tomamos uma decisão ela tem consequências", considerando que se pode avaliar as consequências naquilo que elas têm de mais positivo ou negativo.
Confessando que não leu todos os comentários referidos por Paulo Cavaleiro, o presidente da Câmara Municipal assegura que "perante uma mudança surjam sempre vozes discordantes", contrapondo com o facto de que "haviam dezenas de vozes que nos pediam a abertura das piscinas à hora do almoço", consideram ter sido um aspeto "muito positivo". Em relação ao facto de quem só queira ir na parte da manhã, afirmou que "terá de pagar o preço do bilhete para todo o dia", adiantando que "não perspetivo que isso possa ser mudado".
Numa análise à frequência de utentes, o edil sanjoanense assegurou que "a nova bilhética não retirou utentes à piscina", e nesse sentido diz não haver razões para que se repense a medida e "fazer alguns acertos". Admitiu que o número de utentes foi inferior ao de 2018, no entanto, garante que "se ficou a dever às condições meteorológicas, que levou a quem houvessem dias sem praticamente nenhum utente", o que não terá acontecido em dias normais. E perante estes dados, assegura que "não creio que tenhamos criado nenhum problema mas, sim, resolvemos imensos problemas".
Em relação ao relvado garante que "colocamos um relvado novo de grande qualidade, e em grande parte da piscina, melhoramos a zona do lava pés, com bases laterais para as pessoas poderem andar descalças", evitando assim uma realidade de "inúmeras pessoas com cortes nos pés".
Nunca se agrada a toda a gente mas, eu creio que a esmagadora maioria dos utentes é que ficaram satisfeitas com a intervenção, afirmando que "foi feito um esforço para prestar um serviço em condições e para melhora-lo, e esse esforço, creio que foi conseguido".
Para complementar a intervenção do presidente da Câmara, a vereadora do Desporto, Rosário Gestosa, anunciou que está a ser concluído um relatório de todo o trabalho desenvolvido na piscina exterior neste verão, argumentos que não foram suficientes para convencerem a oposição. Paulo Cavaleiro insistiu na questão do preço, e lembrou Jorge Sequeira de que "o senhor poderia ter feito o estudo que nós sugerimos, e que o senhor disse que ia fazer, mas não fez", criticando que "já não é a primeira vez que diz que vai fazer um estudo e não faz". Em resposta, Jorge Sequeira diz não se recordar e afirmou "não me lembro de ter dito que iria fazer um estudo de opinião, junto dos utentes, sobre se estavam agradados ou não com o preço" mas, não deixou de afirmar que a medida "não foi tomada sem ponderação e sem análise". No entanto, concluiu com a certeza de que "a piscina esteve muito melhor, funcionou bem e as vantagens da decisão sobrepõe-se clara e esmagadoramente a alguns inconvenientes que a decisão possa ter".
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