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Argumento usado para a não retirada de separador central na Alão de Morais «é mentira» acusa PSD/CDS


Rua Alão de Morais

A pavimentação de arruamentos com tapete betuminoso em algumas artérias de S. João da Madeira foi motivo de discussão no período de antes da ordem do dia, na última reunião da Câmara Municipal. O vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, questionou o critério de seleção das ruas requalificadas, e em particular o caso da Rua Alão de Morais, a qual foi intervencionada em toda a sua extensão, e que na altura já havia merecido a sua crítica, por não considerar ser uma prioridade. "Mas, já que foi feita, então deveria ter sido feita de uma forma coordenada, evitando que fossem abertas valas pouco tempo depois de concluída a empreitada", criticou. No entanto, as suas críticas não se ficaram por este aspeto, e lembrou uma zona desta artéria onde existe um separador central, que segundo o próprio poderia ter sido retirado, criando uma melhor solução de mobilidade e de estacionamento. "A Câmara esteve mal, poderia e deveria ter feito melhor. É uma questão de planear e pensar melhor as intervenções". Em resposta às críticas do vereador da oposição, o vice-presidente da Câmara Municipal, José Nuno Vieira, começou por lembrar que estas intervenções inserem-se numa 2ª fase de intervenções iniciada no ano passado, para as quais "tivemos de definir prioridades", e que o facto relatado por Paulo Cavaleiro foi "uma intervenção da EDP, da qual só tivemos conhecimento posteriormente mas, na Rua de Arrifana já conseguimos acautelar", disse. Já em relação ao separador central, adiantou que os custos seriam muito elevados, tendo em conta o facto de existir iluminação pública no separador central, o que elevaria, em muito, os encargos na remoção da mesma e da consequente substituição.


Paulo Cavaleiro acusa - "a Câmara não fez porque não quis, ou porque não soube fazer melhor"


Separador central da Rua Alão de Morais

Na hora, Paulo Cavaleiro rebateu esta justificação, acusando o vice-presidente da Câmara de estar a faltar à verdade, e demonstrando falta de conhecimento do terreno, visto que a dita iluminação se encontra no passeio nascente, facto que demonstrou com fotos do local, algo que provocou uma maior troca de argumentos entre os dois, mas que acabou por ser ultrapassado. No final da reunião, falamos com o vereador Paulo Cavaleiro, que confirmou a sua afirmação expressa na reunião, acrescentando que "a Câmara não fez porque não quis, ou porque não soube fazer melhor". O vereador da coligação PSD/CDS-PP acrescentou ainda que, "é contra esta forma de fazer as coisas, em cima do joelho, mal feitas, e apenas para mostrar obra a todo o custo e de qualquer maneira". Segundo Paulo Cavaleiro, "as coisas devem ser planeadas, bem estruturadas e bem coordenadas, porque o dinheiro é de todos e tem de ser bem gasto", concluiu.

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