Bloco de Esquerda (BE) alerta para novo atentado ambiental nas ribeiras de Fiães, no Rio Uíma. Segundo nota enviada às redações, na manhã desta quinta-feira, 27 de fevereiro, as águas apareceram escurecidas "com a coloração e o odor típico das águas de cozedura de cortiça. Na prática, ocorreu uma descarga ilegal por parte de uma empresa que procede à cozedura de cortiça", referem.
Os deputados bloquistas lembram a necessidade da defesa do ambiente, que dizem ser "um desígnio de todos e de todas". No entanto, lamentam o facto de no concelho de Santa Maria da Feira, "os atropelos ambientais serem recorrentes", indo mais longe na sua acusação, e apontando mesmo o dedo ao presidente da autarquia, dizendo que, por vezes, esses atropelos são "atirados para debaixo do tapete". Na nota acusam ainda que recentemente o edil negou a existências de lixeiras no concelho, "quando todos os habitantes sabem da triste realidade que ocorre no seu território onde proliferam lixeiras a céu aberto", afirmam.
Os deputados do BE acusam ainda a falta de medidas de combate à poluição, da parte da autarquia, e referem que situação em concreto "revela por parte de quem pratica este tipo de crimes, um à-vontade típico de quem tem a noção que o crime compensa".
Neste sentido os bloquistas consideram que em pleno século 21, "é intolerável que ainda existam empresas e empresários tão tacanhos, que considerem que poluir as ribeiras de Fiães, Rio Uíma é uma normalidade. Demonstram uma visão desadequada da realidade em que vivemos e uma incapacidade em se adaptar à vivência numa sociedade civilizada".
E classificam estes atentados ambientais como sendo de uma gravidade extrema, tendo como consequência maior a contaminação do Rio Uíma, havendo o risco de matarem os peixes ali existentes.
Com o foco no combate à poluição das linhas de água, os deputados do BE consideram que se deve penalizar os infratores "forma célere para evitar novos focos de poluição". Entretanto, os deputados do BE, Nelson Peralta e Moisés Ferreira já questionaram o Governo se tinha conhecimento das descargas, que medidas pretende implementar para que cessem este tipo de situações, entre as quais falam em fiscalização de maior proximidade.
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