Vencedor do Bootcamp de Empreendedorismo Social, o projeto ganhou asas graças ao prémio FACES da Fundação Montepio. ‘Linhas com Rosto’, coordenado e dinamizado pela Casa dos Choupos, arrancou em abril e promove oficinas de restauro para jovens adultos em situação de desemprego, ajudando a quebrar estigmas e a dar competências.
Móveis restaurados, únicos, com design exclusivo e que, ainda por cima, contam histórias. Histórias de quem os faz, pessoas portadoras de deficiência intelectual ligeira ou pessoas com grandes dificuldades no acesso ao mercado de trabalho, que se sentem marginalizadas por uma sociedade que não lhes reconhece competências. Este é o projeto da Casa dos Choupos que começou a dar os primeiros passos no mês de abril.
‘Linhas com Rosto’ nasceu no Bootcamp de Empreendedorismo Social, dinamizado pelo Instituto de Empreendedorismo Social, dirigido a técnicos das IPSS de Santa Maria da Feira, a convite do Projeto Direitos & Desafios. O projeto, coordenado e dinamizado pela Casa dos Choupos - Cooperativa Multissectorial de Solidariedade Social, CRL, conta com várias parcerias, entre as quais o Município feirense, e ganhou asas com o prémio FACES da Fundação Montepio.
As oficinas de restauro têm lugar duas vezes por semana e capacitam os jovens adultos em situação de desemprego para a arte do restauro de peças de mobiliário usadas com excedentes do calçado e da cortiça. Pretende-se que cada peça seja única, inigualável e que obtenha um certificado de exclusividade através da aliança entre o formando e a contribuição de designers locais. Um serviço personalizado pela dezena de formandos participantes que brevemente verá as peças disponíveis ao grande público.
O objetivo destas ações é que a dezena de formandos participantes, além de desenvolverem competências de restauro de móveis, potenciem a sua criatividade, capacidade de organização e outras competências sociais e profissionais, de forma a facilitar a integração no mercado de trabalho. O projeto ‘Linhas com Rosto’ propõe-se a “quebrar estigmas associados ao desemprego e às questões da deficiência e doença mental. Espera-se que traga também felicidade, não só aos participantes e famílias, como para toda a comunidade, que se quer inclusiva”, diz a Casa dos Choupos.
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