Bem no centro de S. João da Madeira, mais em concreto no Largo de Santo António, há relatos e imagens da presença de ratos e baratas, que comerciantes e moradores na zona já denunciaram à Câmara Municipal. As fotos a que o Terras Santa Maria Informação teve acesso são da autoria de José Silvério, comerciante de restauração, que diz estar preocupado com a situação, porque "é um problema que tem vindo a proliferar, para o qual já alertamos a Câmara".
Entretanto, o assunto foi levantado em reunião da Câmara pelo vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, que alertou para a "proliferação de animais que são críticos para a saúde pública", mostrando-se preocupado, tendo em consideração o facto de a edilidade, apesar de "já ser conhecedora do assunto, ainda não atuou", criticou o vereador da oposição, que sugeriu uma intervenção com urgência, no sentido da erradicação da praga.
Durante o Festival Hat Weekend, a presença destes animais foi visível, e o facto dos jardins estarem com arbustos de alecrim muito altos, são "ótimos para os ratos ali se esconderem", frisou José Silvério, que aproveitou a nossa presença para lembrar outros problemas desta zona central da cidade, como as árvores a precisarem de poda, devido a estarem com dimensões fora do normal, que provocaram, ainda, o rebentamento da zona de canteiros onde se encontram, os candeeiros sujos a dificultarem a passagem da luz, os relvados constantemente sujos por dejetos de animais, e o sistema de rega completamente desregulado, "que rega tudo menos o jardim, inclusivamente a minha esplanada e os meus clientes", alertou.
Este comerciante tem sido uma das vozes mais ativas a chamar a atenção para o Largo de Santo António, que na sua ótica tem sido "um pouco esquecido", mesmo até na questão da animação de verão. José Silvério não percebe porque é que a animação de verão não passa por este largo, que "tem ótimas condições para a realização de espetáculos, como já ficou provado com a realização de outros eventos, inclusivamente do programa da RTP", lembrou.
Presidente da Câmara Municipal afirmou que "a presença de animais infestantes é um fenómeno que pode ocorrer, havendo níveis de admissibilidade da sua presença, mas não temos qualquer tipo de informação da passagem desses níveis no centro da cidade"
Da parte da edilidade, o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, referiu que é um problema que é público, mas mostrou desconhecimento em relação à situação apresentada em concreto pelo vereador Paulo Cavaleiro. "Estou a tomar conhecimento em primeira linha, no entanto, a presença de animais infestantes é um fenómeno que pode ocorrer, havendo níveis de admissibilidade da sua presença, mas não temos qualquer tipo de informação da passagem desses níveis no centro da cidade", referiu. No entanto, aproveitou a ocasião para lembrar que "temos duas ruas onde esse problema se tem manifestado e que se tem vindo a arrastar ao longo dos últimos anos".
Jorge Sequeira referia-se à zona circundante à EB 2, 3, mais em concreto na Rua Teixeira de Pascoais, assunto já noticiado pela comunicação social, onde diz já terem convocado os moradores dessa zona, em conjunto com a empresa Águas de S. João, para "tentar chegar a uma resolução do problema". Segundo o edil sanjoanense, tem vindo a ser feita uma sensibilização junto dos moradores desta zona para selarem as suas fossas sépticas, e garante que "cerca de 10 moradores já selaram as suas fossas". O autarca garante que "estamos atentos ao problema, e em contacto com os moradores".
Entretanto, este sábado, 27 de julho, dia em que falamos com José Silvério, este garantiu-nos que na situação no Largo Santo António, nada ainda foi feito para erradicar o problema, o que o está a deixar bastante preocupado, em relação às questões de higiene e salubridade.
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