Contrato-programa de desenvolvimento desportivo de apoio a Ana Rodrigues, aprovado por unanimidade

A nadadora sanjoanense Ana Rodrigues, que está a representar Portugal na Universíadas, em Nápoles (Itália), acabou de ver aprovado, por unanimidade, em reunião da Câmara Municipal de S. João da Madeira, o contrato-programa de desenvolvimento desportivo com a Federação Portuguesa de Natação, de apoio à sua atividade desportiva, no valor de 200 euros mensais e o acesso a instalações desportivas.

Sobre esta matéria, o vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, começou por lembrar que já no ano passado "apresentamos uma proposta, pois achamos que o apoio era reduzido", falando na questão da abrangência desse apoio, que deveria também contemplar a questão dos tratamentos de fisioterapia e medicamentos, tendo em consideração o facto de que " a Ana está a trabalhar para se qualificar para os Jogos Olímpicos". No entanto, e apesar de concordar com a atribuição do subsídio, não deixou de criticar o facto de a proposta vir "com 7 meses de atraso, e numa altura em que a época está a acabar".

Outra dos aspetos apontados pelo vereador da oposição é o facto do executivo estar sempre a afirmar valorizar os contributos dados, no entanto, "não passa de retórica, pois apresentamos contributos e daquilo que percebemos não há nenhuma alteração à proposta inicial", apontou.

Paulo Cavaleiro aproveitou, ainda, para lembrar que "a Ana já poderia estar a usufruir de outras condições, com uma nova piscina, e não está porque os senhores não quiseram". O vereador da oposição lembrou, ainda, que o Partido Socialista havia anunciado que surgiria um novo financiamento para construção de uma novas piscinas, algo que diz duvidar, pelo menos neste quadro comunitário. Nesse sentido, refere que "quando tomamos uma decisão é preciso pensar nas consequências", sendo que lhe "pioraram as condições, quando era lógico que lhe aumentassem o apoio", criticou.

"Acho que teríamos todos a ganhar se a Ana Rodrigues conseguir ir de novo aos Jogos Olímpicos. Era esse o objetivo. E poderia ser a Câmara a arranjar esse outro apoio, que não necessariamente financeiro", concluiu.

José Nuno Vieira, vice-presidente da Câmara Municipal, em resposta, afirmou que esta proposta surgiu "depois de um contacto direto com a atleta, onde o apoio foi discutido e seria suficiente", referindo tratar-se de "um apoio superior ao que normalmente era atribuído". Em relação à próxima época, o vice-presidente garantiu que o modo de utilização dos espaços da piscina já foi discutido com os clubes, "de forma a acautelar todos os interesses dos clubes e dos atletas", garantindo ter sido levado em consideração o facto de serem dois clubes, mais a escola da natação, bem como outras atividades a usufruírem das piscinas municipais.