Câmara mantém apoio financeiro nas Marchas de S. João quando a oposição propunha aumento

Foto Câmara Municipal S. João da Madeira

É já na próxima quarta-feira, 19 de junho, que arrancam as Festas da Cidade, em S. João da Madeira, com as marchas populares, numa organização da Câmara Municipal, no âmbito do Projeto Educativo Municipal, envolvendo as escolas dos diversos agrupamentos da cidade. O desfile tem início agendado para as 20h45, estando previsto o mesmo percurso, mas, no entanto, o final regressa ao local de anos anteriores, em frente ao Fórum Municipal. Este foi um dos assuntos discutidos entre a Divisão de Educação do município e as escolas, que não se mostraram muito agradadas com a experiência do ano transacto, em frente à Casa da Criatividade.

São já conhecidos os números de participantes na edição deste ano, que apontam para mais de 2300 marchantes entre alunos, pessoal docente e não docente e instituições de terceira idade. Como habitualmente a autarquia contribui com um subsídio na ajuda da preparação da indumentária, que foi aprovado na última reunião da Câmara Municipal, no valor de 7 euros por pessoa. Este é um valor que já vem sendo atribuído há vários anos, e que os vereadores da coligação PSD/CDS-PP contestam, questionando o porquê de não haver uma atualização da verba, até porque a edilidade "goza de boas condições financeiras", frisou Paulo Cavaleiro.

Câmara garante não ter sido percecionada necessidade de aumento de subsídio, mas há quem confirme que assunto foi discutido por diversas vezes

Segundo o presidente da Câmara, Jorge Sequeira, "não foi percecionada necessidade atualização dos valores", com base naquilo que foi discutido com as escolas. Esta foi uma informação corroborada pela vereadora da Educação, Irene Guimarães, que afirma não ter havido qualquer pedido nesse sentido, da parte das escolas. Neste sentido, o Terras Santa Maria Informação quis saber a opinião de alguns agentes envolvidos no processo, que garantem ter demonstrado o sentimento contrário ao afirmado pelo presidente da Câmara nas reuniões de preparação do evento. Segundo fonte próxima de uma escola, por algumas vezes foi solicitado um aumento do subsídio atribuído, até porque consideram que o valor despendido na confeção das roupas fica muito aquém do valor real. A mesma fonte acrescentou que os pais não estão na disposição de o fazerem por duas vezes (Carnaval e Marchas), razão pela qual muitas das escolas deixaram de participar no desfile de Carnaval.

Paulo Cavaleiro, em resposta afirma que o mais correto era afirmar que "não se lembraram", e recordou que já no ano passado haviam chamado a atenção para esta questão, mas "não foi tido em conta". O vereador da oposição foi mais longe e admitiu que pelo menos, "devia ser feita a atualização pelo valor da inflação".

O executivo não foi da mesma opinião e não quis acatar a sugestão da oposição, tendo sido aprovado o subsídio de 7 euros, com 5 votos a favor do PS e 2 votos contra da coligação PSD/CDS-PP.