No âmbito da manifestação, do passado dia 9 de maio, por parte da comunidade, que provocou o encerramento da escola sede do agrupamento de escolas Oliveira Júnior, em S. João da Madeira, exigindo a colocação de assistentes operacionais indispensáveis ao bom funcionamento do agrupamento, a deputada sanjoanense do PSD, Susana Lamas, denunciou a "gravidade da falta de funcionários", questionando o Ministério da Educação. Nesse sentido, a parlamentar social democrata enfatiza que só o ”enorme empenhamento da comunidade” tem evitado o pior.
Em nota dirigida à imprensa, a deputada fala em carência de pessoal não docente no Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, de S. João da Madeira, que obriga ao encerramento de espaços exteriores e do pavilhão gimnodesportivo, por questões de segurança.
No documento que dirigiu ao Ministério da Educação, e em que é primeira subscritora, pode ler-se que “é uma situação que não é passível de ser mantida”, e o PSD sustenta que “só o enorme empenhamento da comunidade escolar, que no desempenho das suas funções vai muito para além das suas obrigações, tem permitido ultrapassar provisoriamente a carência agravada destes trabalhadores que coloca em causa o normal funcionamento das escolas e prejudica alunos, professores e famílias”.
Na escola sede deste agrupamento, com mais de 1.400 alunos do 5.º ao 12.º anos, apesar de estarem destacados 23 assistentes operacionais, na realidade estão em exercício apenas 21, em dois turnos de trabalho para garantir o integral horário. E desses 21, devido à necessária alocação para garantir todos os serviços, apenas nove podem ser destacados para dar assistência a 82 salas de aula (9 laboratórios), 33 instalações sanitárias, um auditório com capacidade para 200 pessoas, três salas de professores e cantina (em que alguns dias serve cerca de 700 refeições).
“Uma carência evidente que, por razões de segurança dos alunos, obriga a que espaços exteriores e o próprio pavilhão gimnodesportivo sejam encerrados e vedados à circulação dos alunos” – destacam os deputados do PSD, para recordar que “o número de funcionários não está adequado às necessidades reais da escola e dos alunos, visto só ter em conta o número de alunos e não considerar a área e o número de equipamentos da escola que, também, precisam de acompanhamento ao nível da higienização, limpeza e segurança, retirando tempo para a execução de outros serviços”.
O PSD denuncia que, “apesar dos muitos anúncios, das muitas promessas, já perto do final do ano letivo, em 2019, ainda estão em falta mais de 1.500 funcionários nas escolas” e que, “dos mais de 3.300 assistentes operacionais em falta para garantir o mesmo nível de resposta de 2015, sem incluir as aposentações, óbitos e baixas que se calcula serem cerca de 800 nos últimos três anos, só cerca de 2.000 chegaram às escolas ao longo destes anos de governação socialista”.
Na pergunta agora dirigida ao Ministério da Educação, os deputados do PSD querem saber se está a tutela ao corrente da situação do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, se está disponível para resolver o problema efetivo de falta de funcionários e para quando “a resposta a esta grave e intolerável situação”.
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