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Deputados do PSD e Bloco de Esquerda aveirenses reclamam nomeação de diretor clínico para o CHEDV


A falta de diretor clínico do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) preocupa os deputados do PSD, e do Bloco de Esquerda, eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro. Segundo os deputados do PSD, António Topa, Helga Correia e Carla Madureira, o Ministério da Saúde não foi capaz de preencher o lugar sete meses depois deste ter ficado vago. E, numa pergunta dirigida à tutela, os parlamentares social democratas apontam a ilegalidade cometida num centro que serve sete concelhos. Por seu turno, o deputado bloquista, Moisés Ferreira foi também peremptório ao exigir explicações urgentes do Governo devido à falta de diretor clínico.

Desde 30 de junho de 2019, o Ministério da Saúde ainda não revelou capacidade para encontrar uma solução com vista à nomeação da nova direção clínica de um centro que serve 400 mil habitantes” – pode ler-se na pergunta feita à tutela, lamentando que não se vislumbre a resolução do problema. “As últimas notícias vindas a público, aquando da visita ao CHEDV do senhor bastonário da Ordem dos Médicos, dia 28 de janeiro, vêm confirmar a ineficiência da administração central na resolução de um problema que, no limite, pode colocar em causa o cumprimento das regras éticas e deontológicas, bem como a segurança do trabalho clínico do hospital aos utentes” – vincam os deputados aveirenses.

Moisés Ferreira acusa o Ministério da Saúde de não ter dado resposta a uma questão feita em 30 de agosto de 2019, há 5 meses atrás, o que vai, aliás, conforme assegura o grupo parlamentar, "ao arrepio do tempo regimentalmente previsto para o Governo responder a questões escritas colocadas por deputados eleitos à Assembleia da República". E acrescenta que "a ausência de resposta é ainda mais estranha quando se está perante uma situação que tem tanto de insólito como de grave. Trata-se de um Centro Hospitalar de grande dimensão que está com um conselho de administração com mandato caducado desde fevereiro de 2018 e que não tem, agora há sete meses, um diretor clínico, como é obrigatório". O deputado bloquista lembra, ainda, que a Ordem dos Médicos interveio sobre este assunto recentemente, acusando o Centro Hospitalar de estar à margem da lei "e ameaçando com a retirada de idoneidade formativa, algo que a acontecer teria consequências gravíssimas, não só para os vários médicos internos que ali fazem a sua formação, mas para o SNS que veria a sua capacidade de formação muito reduzida". Ambas as forças partidárias são unânimes em considerar que esta situação "pode colocar em causa o cumprimento das regras éticas e deontológicas, bem como a segurança do trabalho clínico do hospital aos utentes", correndo-se o risco de se vir a agudizar o problema.

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