No âmbito da pandemia do Covid-19, e o não encerramento das escolas determinado pelo Governo, a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), emitiu esta manhã uma nota informativa, na qual dá conta da sua opinião, em que afirma que "a decisão mais adequada neste momento seria o encerramento das escolas".
A nota começa por referir que a CONFAP tem acompanhado a situação e estabelecido contacto frequente com o Ministério da Educação sobre o funcionamento das Escolas.
"Pretendemos garantir, antes que tudo o mais, a segurança e a saúde das crianças e de todos os que trabalham nas escolas, e minimizar também o impacto que a situação pode ter na vida escolar e nas aprendizagens". E, apesar de garantirem que "cumpre respeitar e confiar na competência das autoridades de saúde", os responsáveis mostram-se preocupados com os desenvolvimentos da situação nacional e do conhecimento das diferentes ocorrências a nível internacional. Nesse sentido, afirmam que já se constata que "muitas das medidas tomadas por países afetados, se revelaram já ineficazes em virtude da sua implementação tardia, contrariamente a outros". Por isso, são peremptórios a aconselhar o encerramento das escolas, até porque, como lembram, "estamos quase no fim do 2º período o que poderia favorecer a interrupção da atividade letiva". O outro dos fatores que consideram relevantes para esta decisão, é que consideram que "a continuação da atividade escolar não pode ser entendida como imune, sobretudo em disciplinas onde o contacto físico e a troca de equipamentos é imprescindível", dando como exemplo a Educação Física.
Na mesma nota, a CONFAP lembra que tais medidas "causarão inevitavelmente perturbações na organização familiar", e por isso aconselha que sejam tomadas medidas complementares que permitam às famílias o acompanhamento dos seus filhos em casa. Mas, não deixam de recordar que "é igualmente fundamental que as famílias percebam e cumpram a sua responsabilidade social neste acompanhamento com o devido isolamento social que se impõe, sob pena das medidas adotadas serem ineficazes". Os responsáveis das associações de pais garantem ter consciência dos sacrifícios que a todos é exigido, contudo, salientam que o que importa sobretudo garantir é "a melhor segurança de todos e o menor prejuízo possível na normalidade da vida pessoal e da sociedade, pelo que a responsabilidade social de cada um é fundamental para se vencer este combate". A CONFAP faz ainda referência nesta nota sobre as viagens de finalistas previstas para o final deste mês. "Não basta desaconselhar, é preciso que haja uma decisão firme no sentido de se cancelarem, considerando o correspondente interesse de saúde pública, e para melhor acautelar a eficácia desejável com as medidas adotadas no combate a esta epidemia". E terminam a nota informativa assegurando que continuam a manter contacto próximo com todas as entidades responsáveis, no intuito de que o combate a esta crise, no que à educação respeita, e no que com ela se interliga, "seja eficaz e com o menor impacto possível na vida das famílias". E concluem apelando à serenidade, mas "sem negligenciar a responsabilidade social e cívica que a situação a todos nos convoca".
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