Comunidades portuguesas em Pretória (África do Sul), Rio de Janeiro (Brasil) e Caracas (Venezuela), festejam a Festa das Fogaceiras, este domingo, 27 de janeiro, realizando a tradicional procissão. Depois de no domingo passado, Santa Maria da Feira ter vivido a renovação do voto ao mártir S. Sebastião, é agora a vez das comunidades portuguesas também ajudarem na preservação desta tradição. Em alguns locais, realiza-se cerimónia religiosa e em outras a civil com um leilão de fogaças em prol da comunidade.
Em Pretória a festa realiza-se desde 1986, contando com a participação de 31 crianças, representando as 31 freguesias do concelho feirense, desfilando vestidas de branco com faixa identificativa da respectiva freguesia pelas ruas da cidade. No final, as fogaças transportadas são leiloadas a favor da Associação da Comunidade Portuguesa de Pretória, que tem a seu cargo a festividade.
Já no Rio de Janeiro, a tradição dita que uma menina transporte a réplica do Castelo que, no seu interior, contém um pouco de terra da Praça de Armas do ex-libris do Município de Santa Maria da Feira. A procissão é acompanhada de outras meninas, também vestidas de branco, levando a fogaça à cabeça. O programa da Festa das Fogaceiras no Brasil, que pretende recriar o mais fielmente possível esta festividade, integra uma cerimónia religiosa, que se realiza na Igreja dos Capuchinhos, e a tradicional procissão, desde a Igreja até à Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, entidade responsável pela organização da Festa.
Por último, em Caracas, a Festa das Fogaceiras, é uma tradição mais recente, tendo começado a celebrar-se no ano 2000, partindo de uma iniciativa de um grupo de portugueses que criaram a Associação Civil Amigos de Terras de Santa Maria da Feira e, recriaram localmente, pela primeira vez, a festividade feirense. A festa contempla uma cerimónia religiosa na capela do Centro Português de Caracas, seguida por uma procissão em honra do mártir S. Sebastião, na qual meninas vestidas de branco transportam as fogaças à cabeça.
A comunidade feirense além-fronteiras, mantém assim viva esta tradição, que tem como objetivo “renovar, ano após ano, o voto ao mártir S. Sebastião é honrar a nossa história e tradição e o nosso compromisso para com as gentes de Santa Maria da Feira e Terras de Santa Maria, cientes de que as pestes dos nossos dias são outras, mas certos de que o sentido e simbolismo do voto se mantêm inalterados”, afirma Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
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