Depois da entrada em vigor, esta quarta-feira, do "Estado de Calamidade" no concelho de Ovar, a polémica instalou-se com o presidente da Câmara Municipal, Salvador Malheiro, a acusar o Governo de estar a faltar ao respeito pela "manifesta desarticulação na gestão do estado de calamidade no Município de Ovar que tem dificultado, e muito, a nossa tarefa de implementar uma verdadeira quarentena geográfica no concelho e assim dar cumprimento à orientação da Direção Geral de Saúde". Recorde-se que que o edil vareiro não reagiu bem ao facto do Governo ter dado "ordens contraditórias", em que, e segundo palavras suas, disse ter "violado e alterado os seus próprios despachos". A sua acusação foi ainda mais longe quando afirmou que esta alteração estava a colocar em causa a cerca sanitária decretada no dia anterior, que assim pode ficaria em risco.
Um dia depois destas acusações, o despacho em Diário da República está já retificado, e verifica-se a "clarificação que todos esperávamos", referiu o edil vareiro. "Leiam por favor este despacho do Conselho de Ministros publicado hoje em Diário da República dedicado exclusivamente a Ovar. Com efeitos imediatos", referiu nas redes sociais. "As indústrias não podem laborar, a não ser que sejam de primeira necessidade, alimentação e saúde", afirma Salvador Malheiro, que acredita que com esta medida se torna mais fácil fazer o trabalho necessário no terreno e que "vamos vencer este vírus".
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