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Incêndio em loja de materiais de impressão obriga à evacuação de prédio em S. João da Madeira


Um incêndio que deflagrou ao início desta tarde, numa loja que se dedica à impressão em têxteis e brindes publicitários, obrigou à evacuação de prédio localizado na Avenida Engenheiro Arantes e Oliveira, em S. João da Madeira. Apenas há um ferido a registar, Ricardo Lopes, proprietário do estabelecimento, que numa tentativa de controlo das chamas, terá inalado fumo e foi transportado ao hospital, por precaução.

O alerta de incêndio foi dado pelas 12h50 e no local estiveram 38 bombeiros, e nove viaturas, bem como doze agentes da PSP que tomaram conta da ocorrência, sendo mesmo obrigados a cortar a circulação automóvel nos dois sentidos da avenida, para facilitar o trabalho dos bombeiros. Presente no local também estiveram os serviços da Proteção Civil, incluindo o presidente da Câmara Municipal, bem como as entidades competentes que fizeram todas as perícias, para tentarem descobrir as causas do incêndio.

Mas, foram precisas quase 4 horas para controlar o incêndio, que não se revelou nada fácil de combater, muito devido ao imenso fumo negro e às altas temperaturas que se faziam sentir na cave do edifício, local onde se centrava o foco do incêndio.

Quando todos pensavam que o mesmo estaria controlado, por volta das 13h30, as chamas e o fumo voltaram a intensificar, e só veio a ficar controlado pelas 16h25, conforme confirmou o Comandante dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira, Normando Oliveira. Trata-se de um edifício com cinco andares, rés-do-chão com duas lojas, cave e garagem, tendo havido a necessidade de evacuar todos os moradores, por precaução.

Manuel Santos, administrador do condomínio mostrava na altura alguma preocupação com a segurança dos moradores e com a segurança do prédio, receando que "a estrutura do prédio ficasse danificada". Neste edifício mora a avô de Bárbara Guimarães, uma senhora com 90 anos de idade e mobilidade reduzida, que teve de ser retirada pelos bombeiros, mas que se encontra bem de saúde. Na loja do lado, o incêndio não terá sido causa de qualquer tipo de estragos, no entanto, e segundo um dos sócios deste estabelecimento, o fumo e o pó usado pelos bombeiros no combate às chamas terá deixado a sua loja bastante afetada. O mesmo terá sucedido em alguns apartamentos que tinham janelas abertas e roupa a secar nos estendais.

Segundo Normando Oliveira, Comandante dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira, a forma como os seus homens atuaram no terreno "com os meios adequados e com algum cuidado", considera que "fizemos tudo que esteve ao nosso alcance para não destruir ao debelar a estrutura do edifício, no entanto, carece de uma avaliação mais minuciosa por quem é especialista nessa área", e nesse sentido, pouco depois das 18h00, esteve no local uma equipa de peritagem com engenheiros civis da Câmara Municipal, para avaliarem o estado do edifício.

Logo de seguida foi dada permissão aos moradores para se deslocarem aos seus apartamentos, para que estes abrissem as janelas e foi assegurado pela Proteção Civil, que esta noite já poderiam voltar às suas casas. No entanto, alguns moradores não se mostraram muito convencidos com essa possibilidade, especialmente os dos primeiros andares, visto que o cheiro a fumo era ainda muito intenso nos apartamentos. Mas, por volta das 19h45, foi tentado que a vida no prédio voltasse à normalidade, inclusivamente com o regresso a casa da Dona Lurdes, a avô de Bárbara Guimarães, havendo agora muito para a avaliar no que diz respeito a estragos no prédio, já que na loja onde deflagrou o incêndio, acabou por ficar completamente destruída, não se aproveitando nada.


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