O sanjoanense João Pinho de Almeida, cabeça de lista pelo CDS-PP, no círculo eleitoral de Aveiro, foi o único candidato a ser eleito pelo partido, resultando na perda de representatividade dos centristas do distrito no parlamento. Na sequência do que aconteceu no resto do país, o CDS-PP foi fortemente penalizado nestas eleições, baixando para apenas 5 deputados eleitos.
João Pinho de Almeida reconheceu o mau resultado eleitoral, mas não quis deixar de agradecer a quem lhe confiou o seu voto. No entanto, "foi uma derrota estrondosa do CDS e em democracia estes resultados não acontecem por acaso. É preciso não voltar a cometer os mesmos erros e encontrar o que faltou, causas e propostas que mobilizem as pessoas", referiu na sua página do facebook.
Mas, na sequência destes resultados, e depois de Assunção Cristas ter colocado o lugar à disposição, e marcado congresso, o nome do deputado sanjoanense é já falado para lhe suceder na liderança do partido. O atual porta-voz e e ex-secretário geral do CDS-PP teceu algumas considerações, e garante não se esconder, de "falar em off ou de andar a fazer contactos para contar espingardas". Garante que irá falar para todos, na sequência das declarações que fez sobre a situação atual do seu partido, e "do meu papel nos próximos tempos", deixando ainda a certeza de que "como fiz em quase todos os congressos dos últimos anos, apresentarei uma moção de estratégia global". João Pinho de Almeida avança que gosta de pensar o partido e as suas propostas de políticas públicas, mas acima de tudo "de as debater com os militantes", garantiu.
Numa análise muito fria aos resultados eleitorais, o deputado considera que o partido perdeu a capacidade de criar relações fortes de confiança com os eleitores. "Só com propostas claras e discurso objectivo podemos recuperá-las", assegurou. Sobre a futura liderança do CDS-PP, entende que "não é prioritária", considerando que o partido deve escolher o caminho que quer seguir e "só depois encontrar o líder que melhor sirva esse projecto", afirmou. João Pinho de Almeida considera não ser seu objetivo a liderança do partido mas, "sendo um dos cinco deputados eleitos e apresentando uma moção, tenho a obrigação de ponderar essa hipótese. Apenas isso. Sem precipitações, pressas ou atropelos", concluiu.
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