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Maioria PS aprova novo projeto da Praça e oposição desabafa - Esta é a Praça do Sequeira


"Presidente da Câmara trocou uma unanimidade por uma maioria" - Paulo Cavaleiro vereador da coligação PSD/CDS-PP


Em reunião da Câmara Municipal de S. João da Madeira, o novo projeto da Praça foi esta tarde discutido e votado, tendo sido aprovado com 5 votos a favor do executivo e 2 contra da coligação PSD/CDS-PP. Depois de várias reuniões envolvendo as partes interessadas, e o adiamento da reunião da Câmara, foi finalmente votado o projeto que o executivo socialista apresentou, em alternativa ao que já havia sido aprovado, por unanimidade, pelo anterior executivo. Numa constante troca de argumentos entre o executivo e oposição, envolvendo também a Associação Comercial, a vontade da Câmara Municipal acabou por prevalecer, apesar de ter havido uma pequena cedência em relação à manutenção do trânsito automóvel nas ruas Visconde e do Dourado, que estivera em causa, quase até ao final.

Paulo Cavaleiro, vereador da oposição, começou por intitular este novo projeto como "A Praça do Sequeira", aludindo ao facto de que o Presidente da Câmara "decidiu alterar algo que vinha alicerçado numa unanimidade, numa decisão por maioria", afirmou.

O vereador social democrata lembrou ainda o executivo de que o documento que estava a ser discutido continha algumas incorreções, pois mencionava que foram ouvidas todas as forças partidárias com assento na Assembleia Municipal, quando na verdade "só foram ouvidos os vereadores da coligação e não o PSD, que tem uma presidente e uma comissão política, da qual nem eu nem a Drª Fátima Roldão fazemos parte", adiantando que deve ser alterado o documento "para que fique bem claro", disse.


Jorge Sequeira considera que este novo projeto "será a Praça dos Sanjoanenses"


Nas suas alegações sobre as diferenças entre os dois projetos, Paulo Cavaleiro lembrou a importância do estacionamento, e que não corresponde à verdade o argumento do executivo que "não há dinheiro para fazer o parque de estacionamento". O vereador da oposição lembrou que o executivo "pode usar a capacidade de endividamento, pois não conta como tal, visto que tem financiamento comunitário. Não roubava a capacidade de endividamento, bem como passaria a ter um rendimento que advinha da receita da exploração do parque", referiu.

Paulo Cavaleiro não terminou a sua intervenção sem questionar o Presidente da Câmara sobre uma estimativa para a conclusão da empreitada, o custo da estrutura de água, bem como o prazo em que o parque de estacionamento vai estar concluído.

Jorge Sequeira começou por reconhecer o lapso do documento mencionar que o PSD tinha sido ouvido no processo, quando isso não correspondeu à verdade, prontificando-se a alterar o documento. Já sobre o projeto em si, "esta ideia é a melhor para os sanjoanenses", garantiu. Respondendo diretamente ao vereador da coligação, sobre a opção tomada, "não está em causa um capricho pessoal", acrescentando que esta "será a Praça dos Sanjoanenses". Segundo o edil sanjoanense "esta é uma ideia coletiva, de muitas pessoas", que segundo o próprio já em período de campanha eleitoral "nos falavam insistentemente em alterar o projeto, e não voltar a haver atravessamento de trânsito", garantiu, lembrando que já haviam anunciado a pretensão de rever o projeto.

Jorge Sequeira aproveitou a sua intervenção para reforçar a ideia de que a sua intenção é "preservar o coração da Praça como zona pedonal, sem trânsito de atravessamento e com muita animação". Já em relação à acusação da diminuição dos lugares de estacionamento no centro, responde que "irá haver um incremento no aumento do número de lugares", reafirmando estarem conscientes do passo que estão a dar. Aproveitou ainda para informar que nos próximos anos "iremos ter um número considerável de intervenções na zona central, referindo-se em particular aos terrenos no Largo do Souto.


"Penso que em 2020 já teremos grande parte da obra concluída" - Jorge Sequeira


Sobre os prazos de conclusão da empreitada, o Presidente da Câmara disse não conseguir dar uma data concreta. "Após o termo de aceitação há um prazo de 24 meses para a conclusão da empreitada, por isso penso que em 2020 já teremos grande parte da obra executada", garantiu. Sobre o parque de estacionamento foi também inconclusivo, pois como é do conhecimento público, a intenção do executivo é a de concessionar a construção do parque, o que levou Paulo Cavaleiro a afirmar que uma concessão "vai condicionar o funcionamento da solução". Preocupado com a falta de lugares de estacionamento que o novo projeto parece querer mostrar, afirmou que "as pessoas se não tiveram uma boa acessibilidade e estacionamento vão a outro sítio". Para o vereador da coligação "este é um assunto em que deveríamos estar todos de acordo, no entanto faço votos para que seja o senhor Presidente a ter razão", afirmou.

Rua Oliveira Júnior

Paulo Cavaleiro alertou ainda para uma possível intervenção em obra que havia sido financiada com fundos comunitários, sujeita a regras que impedem uma sobreposição de trabalhos, num curto espaço de tempo. Segundo o vereador, daquilo que se pode ver do projeto existe uma mancha que abrange as ruas do centro, e fica a dúvida se virão a ser intervencionadas. Durante o mandato anterior as ruas Visconde, do Dourado, Oliveira Júnior, Drº Maciel e Colégio Castilho beneficiaram da colocação de betuminoso, ao abrigo de fundos comunitários, e nesse sentido "deve ficar claro que não se vai voltar a intervir no mesmo local, correndo o risco de se ter de devolver, na totalidade, a verba em causa", afirmou. Da parte do executivo, o Vice-Presidente da Câmara, José Nuno Vieira, garantiu que "não haverá sobreposição de trabalhos".

Depois de algumas trocas de acusações em relação a responsabilidades sobre a matéria, nas quais o Presidente da Câmara considerava que o vereador da oposição deveria ter alertado mais cedo para um possível problema, Paulo Cavaleiro lembrou que tem vindo a alertar para muitas questões e lamentou o facto do presidente estar a "atirar as culpas" para si, quando quem deveria estar atento a estas questões era o próprio executivo.

Ultrapassado este momento o projeto foi aprovado pela maioria socialista.

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