O Presidente da República presidiu, na passada sexta-feira, 6 de dezembro, à cerimónia das comemorações dos 110 anos da Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira. A sua passagem pelo castelo recordou, nas palavras da presidente da comissão, Conceição Alvim, a passagem do rei D. Manuel II, em 1908, no mesmo espaço, quando na altura o edifício se encontrava em ruínas, e foi preciso apelar à sua recuperação.
Agora, mais de um século depois, Marcelo Rebelo de Sousa marca presença, e o alerta é novamente feito, mas, agora no sentido reparar algumas deficiências já bastante acentuadas no edifício. Conceição Alvim lembra que "as muralhas do castelo apresentam fissuras e a capela precisa de uma grande intervenção", apelando ao Presidente da República para dar o seu empenho e "o empurrão necessário", no sentido de ser possível avançar, o mais urgente possível, com a recuperação deste edifício histórico e emblemático da cidade, para que "os feirenses venham ao castelo e usufruam e fruam dele", referiu.
A presidente da Comissão de Vigilância do Castelo recordou, ainda, as obras de recuperação, efetuadas entre 2002 e 2007, nas quais foram investidos mais de meio milhão de euros, no entanto os sinais de deterioração do edifício são evidentes. Nesse sentido reforço o pedido para ajuda na concretização das tão desejadas obras.
Em resposta, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou a importância nacional do castelo de Santa Maria da Feira e reconheceu a necessidade do Estado dar um sinal, "por muito simbólico que seja", em paralelo com o Município. Não deixou de elogiar o papel que a sociedade civil tem tido até agora, através do trabalho desenvolvido pela Comissão de Vigilância, na preservação e recuperação deste património, mas, apelou à mobilização de todos, em particular dos mecenas. "Aqui há condições para mecenato. Estamos numa terra privilegiada. Uma terra de progresso, emprego, crescimento", afirmou.
Na mesma linha de pensamento foram as palavras do presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que deixou um apelo ao apoio das empresas. "Este castelo precisa rapidamente de obras. Há um ano constatámos que a muralha tem uma grande fissura", considerando tratar-se de "um problema estrutural, que exige resposta urgente", referiu o presidente da autarquia, que garantiu que a Câmara vai fazer "alguns melhoramentos, no entanto é necessário olhar para este património nacional de uma forma muito atenta".
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