A Paróquia de S. João da Madeira retomou uma tradição que se foi perdendo com o passar dos anos. A Missa do Galo voltou a celebrar-se na igreja matriz, que foi pequena para tantos paroquianos, "que deixaram o conforto dos seus lares, vindo até aqui", referiu o Padre Álvaro Rocha. Pela meia noite a igreja encheu-se, num ato de fé e vivendo o verdadeiro espírito do Natal.
O nascimento de Jesus, foi celebrado e recriado por um grupo de jovens, que juntamente com os coros deu mais brilho à uma celebração que terminou com o tradicional beijo ao Menino Jesus e o acender das velas com a luz da Paz de Belém. O Natal para os católicos sanjoanenses voltou a ter um brilho e uma mensagem especial, que o Padre Álvaro vincou, para que "à volta do presépio se faça a experiência e o encontro com Deus. Certamente que somos nós que saímos beneficiados por acolher a sua vida", frisou.
A última vez que se realizou a Missa do Galo em S. João da Madeira foi já há muitos anos atrás, durante a altura em que era pároco na cidade, o Padre António Moura Aguiar, já falecido. Por isso foi com grande expectativa que se aguardou pelo retorno desta velha tradição católica na cidade, bem acolhida pelos sanjoanenses, que encheram por completo a igreja matriz. No final da cerimónia, a paróquia proporcionou a todos os presentes na missa um momento de confraternização e partilha, com a oferta de chocolate quente.
Segundo constam alguns relatos, esta celebração já se realiza desde os anos 432 a 440, período em que era Papa, Sisto III, e as famílias, depois da missa, principalmente em muitas aldeias portuguesas, voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e há tempo para a confraternização e partilha da ceia de Natal, com eventual distribuição de presentes.
"Que nos encontremos todos no presépio"
No final da celebração, o Padre Álvaro Rocha deixou uma mensagem aos sanjoanenses, com o desejo de "um Santo Natal, com a bênção do Deus-Menino. Que nos encontremos todos no presépio, para aprendermos o dom de ser filhos de Deus e a graça da fraternidade", disse.
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