É já uma reclamação de longa data a falta de meios no Hospital S. Miguel, em Oliveira de Azeméis. Na Assembleia da República, a deputada oliveirense do PSD, Helga Correia, já havia levantado a questão por diversas vezes, tendo mesmo referido a necessidade de reforço de meios e consequentemente a contratação de mais camas. Mais recentemente o Bloco de Esquerda, através de um comunicado, enviado pela coordenação distrital de Aveiro do partido, também denunciou alguns problemas. Mas o deputado Moisés Ferreira lembrou que "não se pode aceitar o internamento em macas nos corredores de hospitais nem o cancelamento de cirurgias por falta de resposta de internamento".
Entretanto, a semana passada, o Hospital S. Miguel, passou a ficar dotado de mais 11 camas no serviço de Medicina Interna II, numa medida que se insere no âmbito do plano de contingência de inverno, mas que poderá passar a ser permanente. Sabe-se, também, que há autorização do Ministério da Saúde para a contratação de mais profissionais, num total de 28 enfermeiros e assistentes operacionais, que vão reforçar a equipa de profissionais e garantir o funcionamento dos serviços alargados.
Perante esta nova realidade, Helga Correia considera tratar-se de uma excelente medida, confirmando assim as suas preocupações e necessidades de meios para este hospital. "É sem dúvida com enorme satisfação que vejo os meios humanos do Hospital São Miguel reforçados e com este reforço a reabertura da Medicina Interna II, uma matéria que tenho acompanhado bem de perto", refere a deputada na sua página pessoal do facebook.
No entanto, lembrou ainda que "fica por concretizar o compromisso anunciado, a nova sala de Raio X. A obra deveria ter iniciado em maio de 2018, e a sua conclusão estava prevista para quatro meses depois, isto é para setembro de 2018", criticou.
Já para o deputado do Bloco de Esquerda, "embora tenha existido a contratação de 14 enfermeiros e do mesmo número de assistentes operacionais para reforçar o Hospital de São Miguel, em Oliveira de Azeméis, é preciso que se perceba se o reforço de profissionais efetuado ao abrigo do plano de contingência é suficiente para as necessidades de todo o centro hospitalar" , defende.
Em resposta às preocupações levantadas, a administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV) já referiu que estas recentes contratações vão ajudar a minimizar a atual dificuldade em dar resposta a toda a procura, acrescentando que "contamos regularizar nos próximos dias o tempo de espera para internamento", refere fonte do CHEDV.
Comments