A voz dos comerciantes de S. João da Madeira voltou a ser ouvida em Assembleia Municipal extraordinária, contestando o novo projeto para a Praça Luís Ribeiro. Depois das várias reuniões entre Associação Comercial e os partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como com o executivo camarário, as dúvidas e os descontentamentos continuam vincados nas palavras de alguns comerciantes e moradores do centro da cidade. No período de intervenção do público, Fátima Félix, moradora e comerciante sanjoanense, lembrou o Presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, dos vários pontos discutidos nas reuniões já feitas até ao momento, deixando bem claro que é indispensável a manutenção do trânsito na Rua Visconde, deixando a sugestão para utilizar a ideia do anterior projeto que "contemplava a passagem pela garagem da Escola de Condução Ribeiro, criando ainda, no mesmo local, lugares de estacionamento", adiantando ainda que com esta alteração da circulação automóvel, "iria permitir que na Rua do Dourado fossem criadas melhores condições para a restauração ali instalada, permitindo-lhes ter esplanadas sem o atravessamento de automóveis", disse. Outro dos aspetos importantes é "a criação de estacionamento de proximidade e a construção de um parque infantil, como mais um elemento de atratividade", deixando ainda um leque de diversas sugestões de melhorias em relação ao atual projeto, não esquecendo, uma velha reclamação dos comerciantes, " a necessidade de uma Praça iluminada", que considerou ser pequenas mais valias que fariam com que "satisfizessem os comerciantes e os sanjoanenses em geral", deixando claro que "esta é a nossa posição, motivados por aquilo que acreditamos", concluiu Fátima Félix.
Amadeu Freitas, outro comerciante do Praça Luís Ribeiro, disse ter estado nas diversas reuniões e apresentações, e frisou que "como já o senhor presidente se deve ter apercebido os comerciantes não se mostraram muito agradados com a solução agora apresentada", apelando a que o Presidente da Câmara "ouça as nossas pretensões", pois das reuniões em que marcou presença, em particular na última realizada entre a Associação Comercial e o executivo camarário, "ia esperançoso e saí desiludido", afirmou.
"Estou disponível para continuar a conversar até o projeto final estar pronto"
Em resposta às intervenções dos munícipes sobre o novo projeto para a Praça Luís Ribeiro, começou por considerar ser verdade todas aquelas considerações, confirmando que já haviam sido ali apresentadas nas reuniões entre as partes. Lembrou que a situação da circulação automóvel entre a Rua Visconde e a Rua do Dourado não era um assunto fechado. Nesse sentido, afirmou que a solução que vai avançar "prevê circulação de trânsito", atendendo assim às questões levantadas pelos comerciantes. Relativo ao estacionamento assumiu que a opinião do executivo "não é coincidente com a dos comerciantes quanto ao número de parques de estacionamento. Isso é sabido e assumido", afirmou.
Relativamente às questões paisagísticas levantadas pelos comerciantes, o edil lembrou que "o que vai ser aprovado agora é um ante-projeto", e que posteriormente será transformado num projeto base, que terá de ser aprovado e depois convertido em projeto final, sujeito a um concurso público", salientou. Entretanto, garantiu que vai continuar a olhar para algumas questões levantadas, e garantiu "estou disponível para continuar a conversar até o projeto final estar pronto. Mas é indispensável ser aprovado este ante-projeto para que a candidatura seja submetida", reforçou.
Em jeito de resposta às intervenções, Jorge Sequeira terminou a sua intervenção afirmando que "seguramente que com este projeto a Praça vai ficar melhor. E com a realidade atual que temos de ter termo de comparação", afirmou. No entanto, "admito opções diferentes. As pessoas têm direito à sua opinião e a fazer petições, e nós temos direito ao contraditório. É assim a democracia", concluiu.
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