No passado sábado, 16 de novembro, o auditório do Centro Cultural de Milheirós de Poiares foi pequeno demais para o espetáculo solidário da CERCI de S. João da Madeira, um repto lançado pela Junta de Freguesia local, a que responderam o Clube A4, Turning Point - Escola de Dança e o Hip Hop do Centro Cultura e Desporto, três coletividades sanjoanenses.
"O Melhor de Nós", subiu a palco, com mais de 100 artistas e atletas, que abrilhantaram uma noite fria, mas que aqueceu o coração de todos os presentes. António Cunha, presidente da CERCI agradeceu a parceria das coletividades e da Junta de Freguesia, numa união de esforços para angariar fundos para uma causa, que há 40 anos promove o desenvolvimento social, familiar e profissional das pessoas com deficiência e ou incapacidades, maximizando as suas potencialidades e otimizando a sua qualidade de vida e bem-estar.
Numa noite que se queria que fosse solidária, a receita da bilheteira que reverteu a favor da instituição rondou os 500 euros, uma contribuição importante para a instituição, que luta diariamente por criar melhores condições aos seus utentes.Os responsáveis da CERCI estiveram também a explorar o bar, onde não faltaram as iguarias caseiras que pais e familiares dos utentes contribuíram.
Ao longo de pouco mais de uma hora e meia, desfilaram no palco a dança, com ritmos variados, e a ginástica, onde não faltaram alguns utentes da CERCI, também eles integrados no projeto Total Gym, do Clube A4, recentemente galardoados na Gala dos Campeões de S. João da Madeira.
Outro dos momentos altos da noite foi a atuação do grupo de teatro da CERCI, o Recriarte, fundado em 2015, e que assenta na premissa de que todos temos capacidade de expressão. Segundo os responsáveis do projeto, "este grupo socorre-se não apenas da palavra, veículo que mais tradicionalmente associamos ao teatro mas, também, da expressão corporal, para levar até ao palco as suas histórias". No Recriarte "procuramos que as potencialidades de cada ator sejam bússola rumo a um produto comum, em cada espetáculo que é apresentado", olhando para o teatro como uma ferramenta de inclusão e participação mas, "essencialmente uma ferramenta de expressão, procurando que no palco, mais do que uma condição particular, tenha valor uma história comum e as competências de cada artista".
No final da noite, o sentimento era comum e as opiniões em uníssono felicitaram a organização do evento, sugerindo para que se possa repetir a experiência.
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