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Oposição acusa Câmara de lentidão - «Moinho e Casa do Forno inauguradas um ano depois do previsto»


O reabilitado Moinho do Parque do Rio Ul e a Casa da Forno, foram inaugurados no passado sábado, 12 de outubro, no âmbito das comemorações dos 93 anos de Emancipação Concelhia de S. João da Madeira. Os novos equipamentos, agora colocados ao serviço da comunidade, fazem parte do "Ciclo do Pão", que começa na Casa da Eira, e que podem ser visitados, numa visita guiada que inclui a produção de broa, mas só, no primeiro sábado de cada mês, para o público em geral, e às quarta-feiras para o público escolar.

Na cerimónia de inauguração o vice-presidente da Câmara Municipal, José Nuno Vieira, fez questão de realçar que este equipamento vai agora ficar dotado de uma nova valência, "que vai permitir melhorar as condições de atratividade,ao mesmo tempo que traz aqui uma memória do plantio de milho e da moagem".

Segundo a autarquia, estes dois novos espaços são o espelho da vertente material de um projeto mais vasto de conservação e promoção do Parque do Rio Ul, no valor global de cerca de 350 mil euros, com financiamento comunitário.

Já em relação a esta obra em concreto, o vice-presidente da Câmara referiu que ela foi alvo de um financiamento no valor de 197 mil euros, que Paulo Cavaleiro, vereador da coligação PSD/CDS-PP, lembra ter sido alcançado pelo anterior executivo, no âmbito do programa de dinamização do Parque do Rio Ul. O vereador da oposição, que também marcou presença no ato da inauguração, aproveitou para fazer uma cronologia desta empreitada e recordou que foi adjudicada em 29 de agosto de 2017 mas, que só teve a assinatura de contrato a 14 de fevereiro de 2018, a sua publicação a 8 de março, e um prazo de execução de oito meses, "que não foi cumprido". Nesse sentido, lamenta e critica esse facto, que apontava outubro de 2018 como data prevista para a conclusão da empreitada, "mas, só inaugurada um ano depois do prazo previsto para a sua conclusão", afirmou. Sem rodeios apontou, ainda, o dedo ao atual executivo, acusando-o de alguma inércia, como justificação para o atraso no arranque da empreitada. "Esta obra é um bom exemplo da lentidão que esta Câmara é na execução de empreitadas, e na colocação dos equipamentos ao serviço dos sanjoanenses", criticou.

A partir de agora, estes equipamentos passam a estar ao dispor da comunidade, que contam um pouco da história do concelho, com bastantes ligações ao plantio do milho e à sua moagem, numa visita guiada, onde os intervenientes podem ser parte ativa na produção da broa de milho.

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