No âmbito da campanha eleitoral para as eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 26 de maio, o cabeça de lista do PSD andou esta segunda-feira, 13 de maio, pelo distrito de Aveiro. S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira foram passagens obrigatórias do candidato, que esteve sempre acompanhado por outros candidatos que compõem a lista dos social-democratas, bem como a estrutura do partido. Manuel Castro Almeida e Salvador Malheiro, ambos vice-presidente do partido foram figuras presentes numa comitiva que, para além do contacto com a população, esteve também, em contacto com realidades empresariais e projetos financiados pela comunidade europeia. Na passagem por S. João da Madeira, Paulo Rangel ficou agradado com a visita à Torre da Oliva e ao projeto do Turismo Industrial, que diz ter sido “um bom exemplo de investimento europeu e um bom legado que o PSD deixou à cidade”.
Mas com foco no dia 26 de maio, o candidato do PSD lembrou a importância destas eleições a nível europeu, “porque há uma crise a várias dimensões”, lembrando o brexit, a questão das migrações, a questão da separação dos poderes e a liberdade de expressão, dando como exemplo a Roménia, a Polónia e a Hungria, onde diz haver “alguma tensão entre alguns Estados e a própria União Europeia e a reforma da zona Euro, que também aguarda um consenso maior”, considerando haver “várias incertezas e imprevisibilidades, tornando as eleições muito importantes”, referiu.
Segundo Paulo Rangel, “é na Europa que, grande parte das decisões, mesmo as legislativas, são tomadas, pelo menos no seu enquadramento. Depois as decisões que tomamos são muito influenciadas e muito enquadradas pelas decisões que se tomam no Parlamento Europeu, o que torna, cada vez mais importante ter uma voz ativa e forte no Parlamento Europeu”, lembrando ainda que 85% do investimento público português é feito com fundos comunitários. Nesse sentido, o deputado europeu lembrou a questão nacional e o facto do Governo nacional “invocar muito as metas europeias para explicar as suas políticas, mas ainda hoje a Comissão Europeia diz que a carga fiscal vai aumentar em Portugal para o próximo ano, apesar de já estar no nível mais alto de sempre”. Como forma de justificar as políticas erradas do Governo, referiu os casos da Irlanda e da Grécia, que estão a baixar a sua carga fiscal, recordando tratar-se de “países que como Portugal estiveram sujeitos a um programa de recuperação”, bem como a União Europeia que garante estar a seguir no mesmo sentido. Considera portanto, que o país está dotado de maus serviços públicos, onde “a saúde, a educação e a segurança de pessoas e bens tem maus resultados". Por isso, aproveitou para acusar o Governo de estar a desinvestir no Serviço Nacional de Saúde, apontando mesmo, “descuido e negligência”, considerando haver razões, para afirmar que este Governo está a seguir um caminho de ”carga fiscal máxima e serviços públicos mínimos”, que diz serem “supostamente inspirados por metas europeias”. Para Paulo Rangel “não é a Europa que é responsável por isto, mas sim as escolhas do Governo”, considerando que “poderia fazer outras escolhas”.
Resumindo, considera haver boas razões para votar nestas eleições, pois, considera estar nas mãos dos portugueses “poder ajudar a resolver algumas crises europeias, e ajudar a mudar as políticas do Governo, que muitas delas são determinadas por metas europeias, mas realmente são determinadas por escolhas do Governo, que têm de ser penalizadas nestas eleições”. Apelando ao voto no PSD, o cabeça de lista do partido considera que “se o PSD tiver um resultado muito forte, ganhando as eleições, isso será um cartão amarelo ao Governo, o que significa que ele terá de naturalmente inverter as suas políticas”, considerando tratar-se de um sinal de “reprovação destas políticas de carga fiscal máxima e serviços públicos mínimos”.
“Torre da Oliva e Turismo Industrial são um excelente exemplo de investimento europeu e uma boa herança de gestão do PSD no concelho”
Para Paulo Rangel, a “Torre da Oliva e o Turismo Industrial são um excelente exemplo de investimento europeu”, considerando que em S. João da Madeira “temos uma experiência quase única, e com grande sucesso a nível nacional e até referenciado a nível internacional”, considerando tratar-se de uma boa forma de aproveitar “uma grande mais-valia do concelho que é a sua indústria, que pode ser visitada ao vivo pelas pessoas, tratando-se no fundo de um Museu de Indústria Contemporânea”, considerando tratar-se de “uma boa herança de gestão do PSD no concelho”, afirmou.
Como mensagem final, nesta sua visita a S. João da Madeira, apelou às pessoas para não se absterem, pois reafirma tratarem-se de eleições muito importantes, em que “devem votar em consciência, em liberdade, mas com a nossa recomendação que votem no PSD”, garantindo que o partido apresenta “a melhor lista, o melhor programa e representa, também, uma reprovação destas políticas do PS”, concluiu.
O dia de visitas no distrito de Aveiro concluiu com um comício que mobilizou milhares de militantes, no Europarque, em Santa Maria da Feira, onde, mais uma vez, Paulo Rangel foi perentório no apelo ao voto que garante marcar a diferença, “ ganhando ao candidato virtual”.
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