Na hora da despedida do cargo de Vereador do Desporto, da Câmara Municipal de S. João da Madeira, o independente Pedro Silva, eleito nas listas do Partido Socialista, escreve aos sanjoanenses que o elegeram a agradecer. Como é do conhecimento público, depois de, ao longo do mês de dezembro, se ter colocado a hipótese de sair do cargo de vereador, que exercia a meio tempo, ou ficar a tempo inteiro, a 31 de dezembro, Pedro Silva renunciou ao cargo. Uma semana depois, o ex-vereador aproveitou para esclarecer a sua renuncia, ou resignação, conforme deixou vincado na sua página de facebook. "Como já é do conhecimento público, apresentei ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira a minha resignação ao mandato de Vereador, para o qual a maioria de vocês me elegeu (renuncia é a palavra "exigida por lei" que não me revejo, mas que tive de usar).
Segundo Pedro Silva, sentiu a necessidade de se dirigir aos sanjoanenses, visto diz ter sido contatado por diversos meios de comunicação, e por algumas pessoas, com questões sobre o assunto, "por isso gostaria de publicar aqui, para todos, algumas das palavras que escrevi numa das cartas que apresentei".
Nesse esclarecimento, começa por agradecer, "usando os três níveis do tratado de gratidão de S. Tomás de Aquino: a) reconhecer o benefício recebido, que foi o voto na minha pessoa que me proporcionou uma experiência inesquecível; b) dar graças, por ter já ficado na história dos autarcas da nossa cidade, como o quinto eleito, feito inédito e que demonstra que a diversidade é uma das maravilhas do universo; c) em retribuir, através do vínculo à cidade, da forma como me dediquei e coloquei os interesses da cidade à frente dos pessoais (bem evidente na carta anterior), dos associativos ou de individualidades".
Mesmo depois desta renuncia, diz estar disponível "quando a cidade o quiser". Continuando a sua nota de esclarecimento e agradecimento, considerou que esta sua passagem pela vereação na Câmara Municipal de S. João da Madeira, "é um até já, pois é com orgulho do labor desenvolvido e das sementes lançadas, que interrompo o legado de serviço aos sanjoanenses como Vereador", afirmou. E foi mais longe ao afirmar que "estou consciente de que se pode fazer sempre melhor e que as nossas acções são fruto da trilogia tempo-espaço-contexto".
Pedro Silva garante que não lhe restou alternativa à decisão tomada, pois "não se vislumbrou a possibilidade de ficar a tempo inteiro, por motivos de tradição e opção política, nem uma acumulação compatível"
Pedro Silva garante que aceitou o desafio do cargo de Vereador, "com a independência partidária, que pretendo manter. Tive como prioridade as pessoas e o seu desenvolvimento pessoal para melhor desempenharem os seus desafios profissionais, tentando sustentar uma boa comunicação e verdade entre todas as pessoas, de forma a promover um melhor relacionamento entre todos". Em relação aos que mais de perto trabalharam consigo, "deixo aqui expresso um louvor à dedicação com que desempenham o seu papel em prol da cidade, como com todos os construtores de uma cidade melhor, com especial incidência na Juventude e Desporto, que operam também com grande abnegação e dentro dos preceitos legais".
Numa alusão ao slogan de campanha do Partido Socialista, afirmou que "só com o respeito, responsabilidade e resolução do passado poderemos ter uma visão de futuro. Continuarei sempre disponível para contribuir para o futuro real que os sanjoanenses merecem e irei sempre ajudar a construí-lo nos princípios de um provérbio originário do berço da democracia: “Uma sociedade cresce bem quando homens velhos plantam árvores das quais nunca aproveitarão as sombras", disse. Nesta sua declaração pública, Pedro Silva terminou fazendo alusão à disponibilidade necessária para exercer a vereação do desporto. E deixou vincado, que já na altura, "nos primeiros dias de mandato, algumas pessoas com experiência no cargo, e também os meus colegas da DJD (Divisão Juventude e Desporto) alertaram-me para a noção de que não existe vereador a meio-tempo, e como eles tinham razão", lembrou. E nesse sentido, garante que não lhe restou alternativa à decisão tomada, pois "não se vislumbrou a possibilidade de ficar a tempo inteiro, por motivos de tradição e opção política, nem uma acumulação compatível", assegurou.
E terminou a sua nota com um "até já" e desejando um bom resto de mandato "aos meus colegas e à minha sucessora".
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