O Festival Hat Weekend, em S. João da Madeira, realizou-se no passado fim de semana, e foi tema no período de antes da ordem do dia, com o vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, a questionar o presidente da Câmara Municipal se achava que o evento tinha cumprido com os objetivos da candidatura. Segundo o vereador da oposição, a Câmara teve na sua mão a hipótese de criar o maior projeto na cidade, ao organizar o Hat Weekend com um financiamento de 400 mil euros para dois anos, sendo que o primeiro já foi em 2018. Paulo Cavaleiro lembrou que na 1ª edição o financiamento era muito baixo comparativamente com estes duas últimas edições.
"Eu nunca tive 200 mil euros para gerir um evento", referiu. Sem nunca por em causa a escolha da programação, considerou que o retorno em termos de público ficou aquém do expectável, apontando a escolha da data como causa principal, provocando a dispersão de públicos, fruto da oferta diversificada de eventos, alguns com características idênticas, na nossa região. E referiu o Festival dos Canais, em Aveiro, uma recriação histórica em Arouca, o Festival de Espantalhos, em Oliveira de Azeméis, o Meo Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, entre outros eventos. "Este evento tinha tudo para ter muita gente, inclusivamente de fora do concelho, mas não parece ter sido isso que acontece", considerou o vereador, que acha que se pode ter perdido a oportunidade de tornar o Hat Weekend "no nosso maior evento", afirmou.
O presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, começou por fazer "um balanço bastante positivo", num festival que diz ser "de e para as famílias", sendo que "foi a vários públicos e adaptou-se ao perfil e horário das pessoas". Considerou que o cartaz proporcionou espetáculos diferenciadores, fazendo referência especial ao do mágico Mário Daniel, o Lúmen, que foi "esteticamente poderoso" e o "Ondamarela", que encerrou os três dias de festival, e que envolveu a comunidade. "Estamos satisfeitos", referiu o edil sanjoanense, que considera que houve mais adesão, comparativamente com 2018, "conseguindo projetar uma boa imagem para o exterior". Para Jorge Sequeira, apesar da concorrência de outros eventos, "houve um franquíssimo aumento de público, o que mostra a atratividade do evento", concluiu.
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