Sabe porque a cidade está a ficar azul? Esta é uma questão que se coloca por estes dias em S. João da Madeira. Para os mais atentos dirão que há razões para isso, pois o azul funciona como um lembrete e alerta para lutar pela proteção das crianças. E foi a partir desta premissa que nasceu a campanha "Laço Azul", em 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, Nesse ano, uma avó, de nome Bonnie W. Finney amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” foi trágica e sobre os maus tratos à sua neta, os quais já tinham morto o seu neto de forma brutal. Já em relação à cor azul, a sua explicação deve-se ao facto de Bonnie Finney não querer esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus tratos. Esta história demonstra como o efeito da preocupação de um único cidadão pode ter no despertar das consciências do público, em geral, relativamente aos maus tratos contra as crianças, na sua prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos.
Nesta caminhada contra a violência e os maus tratos na infância, realiza-se mais uma vez a iniciativa “12 horas a correr por uma causa” integrada no projeto “Porque está a cidade azul?”, que pretende sensibilizar para esta causa, promovendo simultaneamente comportamentos positivos, desafiando os organizadores, voluntários, parceiros colaborativos e participantes a experienciar, adquirir e aprofundar novas competências.
Neste sentido a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de S. João da Madeira (CPCJ), apela a todos que "abracem esta causa", num evento, que pela primeira vez, será gratuito, mas de inscrição obrigatória, que garante o seguro, e que pode ser feita em https://tinyurl.com/y47pxmvo . Os requisitos para a participação são vir "vestido de azul e estar disponível a desafiar-se e a colaborar", refere a organização.
Este ano o lema é "Não me vou calar", que deu nome à música da banda sanjoanense Prana. “Não me vou calar!” é no fundo um apelo para que "todos juntos consigamos levar bem longe a voz de cada um pela defesa do superior interesse das crianças, tantas vezes maltratadas".
Paralelamente a dinâmica da Cidade Azul, começa a ser visível pela cidade, com a construção de laços azuis, a decoração de montras, balcões, empresas, janelas, portas e varandas, escolas e instituições na perspetiva de questionar por quem passa "Porque a cidade está azul?", numa onde de sensibilização, pois "sensibilizar é abraçar a causa, defendê-la e disseminá-la".
Do programa o destaque vai para o dia 6 de abril, a partir das 11 horas, que marca o início das "12 horas a correr por uma causa", e que terá o seu ponto alto, pelas 18 horas, com a construção do Laço Azul Humano. No entanto, na segunda-feira, 1 de abril, pelas 17 horas, já decorrerá a sessão de abertura da Cidade Azul, nas instalações da CPCJ de S. João da Madeira, terminando a 30 de abril, com a "História do Laço Azul vai à Praça", pelas 14 horas, e "Laço Azul Escolar", pelas 14h30, na Praça Luís Ribeiro.
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