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PSD e CDS falam em falta de ambição e CDU não se revê no documento, abstendo-se no Orçamento de 2019


Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2019 foram aprovados em reunião da Assembleia Municipal de S. João da Madeira, no passado dia 27 de dezembro, com 12 votos a favor da bancada do PS e 9 abstenções das bancadas do PSD/CDS-PP e da CDU. A coligação acusa o executivo de apresentar um orçamento com pouca inovação e com falta de ambição e os comunistas não se revêm num documento que "não ilustra o que nós pensávamos ser o melhor para a cidade", afirmou Jorge Cortez, em declaração de voto.

Num ponto que começou a ser discutido a 17 de dezembro, as intervenções da bancada do PSD foram incisivas, ao ponto de criticarem o grupo municipal do PS de falta de seriedade. "Os discursos que ouvimos aqui hoje dão ideia de que S. João da Madeira antes era como uma cidade do 3º mundo, e que agora, de repente, já é a melhor cidade do mundo", frisou Pedro Gual. E nesse sentido, e referindo-se à intervenção de Leonardo Martins, do Partido Socialista, acusou este deputado de falar da construção de um balneário, no Orreiro, "que já está pronto há dois anos", bem como, dos prédios "que já foram todos intervencionados e vão agora para a segunda leva". Não deixou ainda de referir o assunto da Praça, em que o deputado socialista, na sua intervenção, acusava o anterior executivo de ter gasto muito dinheiro, apenas em "operações de cosmética", questionando-o sobre a colocação de repuxos, "o que é se não uma operação de cosmética?". Apelando à seriedade dos deputados, para que sejam humildes nas suas intervenções, lembrou que o PS deveria "reconhecer o que muito foi feito até hoje", disse.


"Com a abstenção estamos a dar uma segunda oportunidade para que o executivo possa cumprir com a sua palavra" - Susana Lamas (PSD)


Da bancada social democrata já Gonçalo Fernandes, Paulo Barreira e Susana Lamas haviam apontado as falhas e a pouca inovação e ambição no orçamento, lembrando as propostas apresentadas pela coligação, em 2017, que apesar de terem sido inscritos, "não foram concretizadas", afirmou a deputada, que lembrou ter apresentado novamente as propostas, bem como novas propostas na área da educação, esperando que "não fiquemos pelas boas intenções", disse. Nesse sentido, com a abstenção, "estamos a dar uma segunda oportunidade para que o executivo possa cumprir com a sua palavra", afirmou Susana Lamas.


"Orçamento não ilustra o que nós pensávamos ser melhor para a cidade" - Jorge Cortez (CDU)


Jorge Cortez, da CDU, demonstrou alguma insatisfação no discursos que o antecederam, acusando de se ter tratado de "ping-pong entre PS e PSD", numa alusão às críticas feitas entre as duas bancadas. Nesse sentido optou por uma declaração de voto, justificando a sua abstenção, com base nas políticas assumidas pelo executivo, para a apresentação deste orçamento, o qual "não ilustra o que nós pensávamos ser melhor para a cidade", concluiu.


Presidente da Câmara refutou critica sobre falta de seriedade, lembrando que "não me canso de referir que das 16 obras lançadas em 2018, algumas foram projetadas e lançadas pelo executivo anterior"


O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, em resposta às intervenções dos deputados, começou por dizer que "num ano não conseguimos fazer tudo", garantindo que este ano "foi um ano de grande dinamismo na nossa cidade", referiu. Aproveitou para informar que durante 2018 iniciaram-se 16 obras, sendo que "algumas foram com projeto elaborado e lançadas pelo executivo anterior", não deixando de reforçar a ideia de que "nunca me canso de referir esse facto, pois o PS tem tido essa postura de seriedade", afirmou, numa resposta direta à acusação de falta de seriedade sobre o passado, feita pela bancada do PSD.

Sobre algumas opções políticas neste orçamento, destaque para a questão da juventude, facto levantado pelo deputado Gonçalo Fernandes, do PSD, que criticou o fim do passeio da juventude, que Jorge Sequeira respondeu como sendo uma opção política. "Por vezes temos opções diferentes, e isso é bom. Estamos a cumprir o nosso programa eleitoral e vamos fazer o nosso trabalho, e depois ficaremos à espera da decisão do eleitorado", referiu.

Em jeito de conclusão, o edil sanjoanense diz que em 2019 "vamos apostar nas pessoas e em obras estruturantes", garantiu.


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