A recriação das Invasões Francesas continua a ter lugar em Arrifana, e este ano acontece de 26 a 28 de abril, num conjunto de atividades que pretendem assinalar a data e homenagear os 62 arrifanenses que perderam a vida no massacre. Segundo reza a história, durante a 2.ª Invasão Francesa foi morto, numa emboscada, um oficial de grande prestígio entre os franceses. Descoberta a origem dos assassinos, as tropas invadiram Arrifana, a 17 de abril de 1809, fazendo 71 mortos, 62 dos quais arrifanenses, que procuraram refúgio na Igreja da freguesia, mas sem sucesso. Os franceses obrigaram os homens a saírem do templo, selecionando os ‘quintados’, um em cada cinco, que acabaram fuzilados. As tropas partiram e deixaram Arrifana em chamas, repleta de corpos empilhados, muitos dos quais enterrados posteriormente em valas comuns.
Desde então, recriam-se historicamente as Invasões Francesas, uma Memória ao Massacre de Arrifana, que arranca, no dia 26, às 20h00, com um concerto pela Banda de Música de Arrifana, na Igreja Matriz, e uma Feira Peninsular, no Largo Manuel José Pereira. O momento alto, a encenação ‘A Retaliação’, enche as ruas da freguesia, nos dias 27 e 28, especialmente o Largo da Guerra Peninsular, Igreja Matriz e Avenida da Buciqueira.
“Durante anos, a freguesia não se recompôs das desgraças que vitimaram tantos dos seus filhos e demorou a reerguer-se das mágoas do desgosto. Quando o fez, não pôde nem quis esquecer aqueles que morreram na sua terra às mãos do estrangeiro invasor”. As Invasões Francesas são uma coprodução da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Junta de Freguesia de Arrifana.
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