Realizou-se esta sexta-feira, 20 de setembro a Assembleia Geral da Associação Desportiva Sanjoanense, onde em discussão esteve o relatório de atividades da época transata, bem como o relatório de contas de 2018, por entre outros assuntos de interesse da coletividade. Relativamente às contas de 2018, a boa notícia apresentada pelo presidente do clube, Luís Vargas Cruz, aos pouco mais de 50 sócios presentes, foi a da diminuição, em cerca de 100 mil euros ao passivo, em relação ao ano anterior, e com resultados líquidos positivos do exercício no valor de 132.314,56 euros. Este ponto foi aprovado com 44 votos a favor, duas abstenções e 3 votos contra.
Para contribuir para este esforço financeiro, o presidente do clube lembra que houve um "aumento substancial de cerca de 30 mil euros nas quotas dos atletas e um aumento de 63 mil euros nas transferências e direitos de formação", explicando que o resultado de 150 mil euros diz respeito a "objetivos alcançados pelo atleta André Pereira, ao serviço do F. C. do Porto e ao valor pelo qual foi avaliado o passe de Murilo para a constituição da SAD". Mas, a "ginástica financeira" não ficou por aqui, e Luís Vargas Cruz falou ainda na diminuição nos encargos bancários, reduzindo a 6300 euros os empréstimos contraídos pela direção, referente ao biénio 2007/2009, na altura no valor de 330 mil euros. Nesta sua explanação sobre o relatório de contas de 2018 falou, ainda, numa diminuição de cerca de 15 mil euros a credores individuais e de 40 mil euros na rubrica outras contas a pagar, de 70 mil euros na rubrica outros passivos correntes e uma diminuição nos encargos com o pessoal. A tudo isto há ainda a registar "um aumento do capital social com a participação do clube na SAD, no valor de 35%", referiu.
No entanto, Luís Vargas Cruz fala também em aspetos negativos que são preciso melhorar. Um desses casos é "o atraso comprometedor na apresentação das contas, não por existir algum receio em apresentá-las", frisou o presidente do clube, que fala no inverso que é demonstrado através dos últimos relatórios mas, "por condicionalismos internos e externos, que levam a esta situação, e que iremos, a curto prazo, tomar medidas para inverter a situação", garantiu.
O presidente da Sanjoanense aproveitou ainda para se referir ao aspeto desportivo, com destaque para a atribuição da certificação da Entidade Formadora de 4 estrelas ao futebol de formação e aos diversos títulos regionais e nacionais, bem como recordes nacionais, nas mais diversas modalidades do clube.
Conselho Fiscal dá parecer favorável ao Relatório de Contas de 2018
O parecer do Conselho Fiscal foi favorável ao relatório de contas de 2018. João Almeida, presidente do órgão, fala em na manutenção dos valores registados no ano anterior, que registavam uma evolução positiva.
No entanto, fez uma ressalva em relação ao atraso na apresentação das contas, aspeto que os sócios querem ver alterado num futuro breve. Apesar do atraso, o presidente do Conselho Fiscal registou o facto de "já ter ocorrido mais cedo do que em anos anteriores".
João Almeida referiu-se ao resultado líquido do exercício que foi positivo, "o que representa uma evolução muito positiva em relação ao exercício anterior". Neste parecer, regista ainda a continuidade na redução do passivo, com especial relevância nos financiamentos obtidos e nos outros passivos correntes. Salientou ainda o facto de que "esta redução do passivo foi conseguida ao mesmo tempo que aumentaram os capitais próprios, o que aumenta a sustentabilidade financeira do clube". Fez questão ainda de salientar a redução significativa dos gastos com pessoal.
Neste sentido, a conclusão do Conselho Fiscal à leitura do Relatório de Contas, registadas as limitações, enfases e comentários, e considerando a informação disponibilizada, este órgão entende que "não há evidência de desconformidades nas contas apresentadas, cabendo aos associados pronunciarem-se pela sua aprovação", o que veio a suceder.
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