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Rui Rio visitou Centro Tecnológico do Calçado no âmbito de um roteiro pela industria


No âmbito de um roteiro pela industria, o Presidente do PSD, Rui Rio esteve, esta manhã, no Centro Tecnológico do Calçado, em S. João da Madeira, já depois de ter passado por uma empresa do ramo da cortiça, em Mozelos.

Depois de visitas no ramo da educação e da saúde, o Presidente do PSD, está esta semana a focar-se na industria, e no distrito de Aveiro procurou encontros com a industria mais marcante e com maior peso na economia do país. Em S. João da Madeira, onde almoçou com alguns industrias do ramo do calçado, e com o Presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), lembrou que este setor, e comparativamente com a cortiça que havia visitado da parte da manhã, "exporta o dobro". Rui Rio considera que o calçado tem sido um exemplo de empreendedorismo, "teve uma revolução brutal nos últimos dez anos. E a APICCAPS teve e tem um papel importante nessa revolução", afirmou. Segundo o líder do PSD o setor do calçado tem "uma coisa muito difícil, mas absolutamente vital, que é a criação da marca", garantindo que "quem domina a marca é que domina o mercado". E recordou o tempo em que o calçado italiano dominava e o português estava claramente uns furos abaixo, "mas felizmente hoje é o contrário. Dizer que é feito em Portugal é uma marca forte e uma mais valia", reforçou. Lembrou ainda o facto de o calçado português ter o segundo preço médio mais alto do mundo, o que "é algo de inédito", realçou.


"Este é um exemplo de reconversão de um setor que é um exemplo para o país"

Rui Rio recordou que é importante olhar para as empresas que se deparam com algumas dificuldades, e aí "o Governo tem a obrigação de dar apoio", mas destaca o facto de haverem setores que são completamente o contrário, "que já fizeram aquilo que é suposto os outros virem a fazer",afirmou. "Este é um exemplo de reconversão de um setor que é um exemplo para o país" salientou o social democrata, que acima de tudo diz ter vindo mais para ouvir, pois "não temos nada de novo a ensinar-lhes", assumiu.

Numa visão mais abrangente sobre o estado da economia no país, Rui Rio afirma que "tem de ser visto de duas formas, estática ou dinâmica. Se virmos pelo prisma da ordem estática, é o estado atual da economia. Mas diferente é em face de como estamos no presente, é como vamos estar no futuro?", - deixando no ar a questão. Em jeito de resposta o líder do PSD é peremptório ao afirmar que "por mais propaganda que o Governo possa fazer relativamente à situação presente, ela esconde um aspeto vital", que segundo Rui Rio "os ciclos económicos são aquilo que são, havendo momentos altos e baixos desde sempre, e portanto o ciclo já está a baixar e vai continuar a baixar". Lembrando que o Governo atravessou um momento com um ciclo económico alto "não nos preparamos para aquilo que é o ciclo baixo, que está para chegar".

Considera que a economia portuguesa, no estado atual "parece que está razoável, mas efitivamente não tem a robustez necessária que devia ter para, primeiro a médio-longo prazo fazer aquilo que todos queremos, que é melhores empregos e melhores salários". Para o social democrata, para que isto aconteça "temos de ter uma política económica dirigida às exportações e ao investimento, passando pela produção de bens transacionáveis, que se podem transacionar no mercado mundial, e não nos limitando ao mercado interno, e isso foi uma desgraça a par de outras desgraças", criticou.

"Temos de exportar e investir. Mas políticas nesse sentido em Portugal, com este Governo, não existem!" E foi mais longe ao adiantar que "na solução política encontrada não sei se o Partido Socialista gostaria de fazer ou não, porque está constrangido à esquerda. Qualquer coisa que tende a fazer não vai de acordo com aquilo que são as necessidades das empresas, para este efeito. Irá sempre para outro tipo de necessidades que é a satisfação de clientelas político-eleitorais", acusou.



Luís Onofre considera que crescimento recente do setor do calçado "não tem sido aquilo que esperávamos, mas estando como está já foi uma grande vitória"


Luís Onofre, Presidente da APICCAPS, foi um dos anfitriões, no Centro Tecnológico do Calçado, de Rui Rio e da delegação do PSD, composta por dois Vice-Presidentes, Manuel Castro Almeida e Salvador Malheiro, e dos deputados eleitos por Aveiro. Em declarações aos jornalistas diz que o objetivo deste encontro "é ouvir o que ele tem para dizer e também queremos expor aquilo que achamos que se está a passar, para eventualmente poderem tirar ilações daquilo que lhe transmitirmos", no entanto acredita que o partido "vem mais para ouvir", disse.

Segundo Luís Onofre, o setor tem vindo a crescer, independentemente das dificuldades que enfrentaram, "foram 10 anos de crescimento, mesmo em alturas de crise, e agora estamos sujeitos a uma série de influências internacionais macroeconómicas que estão a afetar o nosso desempenho". Admite que o crescimento "não tem sido aquilo que esperávamos, mas estando como está já foi uma grande vitória", afirmou. Na génese dos problemas que têm vindo a enfrentar, mencionou o protecionismo dos Estados Unidos aos produtos americanos, a crise da Ucrânia com a Crimeia, a crise na China, França e Alemanha e o fecho de cerca de "1500 lojas multi marca na Alemanha, que nos preocupa muito", admitindo que as coisas não estão como o esperado.

Relativamente a apoio do Estado, o Presidente da APICCAPS, diz que o que o Governo poderá fazer para ajudar o setor do calçado passa por "apoiar um pouco mais no programa Industria 4.0, onde devemos ser mais assertivos nos investimentos que queremos fazer". Considera ainda que a falta de investimento no nosso país acaba também por ser relevante, e que "convém que seja retomado, pois tudo isso se reflete no nosso desempenho", garante. Referiu ainda que seria importante que houvesse uma pequena mudança, na política europeia, "que fosse também um bocadinho mais protecionistas daquilo que fazemos. Caso contrário depois vamos ter de suportar com as consequências de uma crise mundial", concluiu.

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