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S. João da Madeira é cidade há 35 anos fruto do inconformismo das suas gentes


S. João da Madeira comemorou esta quinta-feira, 16 de maio, 35 anos de elevação a cidade. Numa cerimónia presenciada por mais de duas dezenas de sanjoanenses, realizada na Casa da Criatividade, ouviu-se falar de uma cidade que se impôs graças ao empreendedorismo das suas gentes, que a projetaram para uma cidade de referência, ao ponto de ter sido classificada como uma das melhores do país para se viver.

Em 1984 a senda do progresso levou a que um grupo de sanjoanenses, onde se incluía o então deputado do PSD à Assembleia da República, Carlos Ribas, que apresentou o projeto de lei, e também presente nesta cerimónia, a lutarem pelo objetivo da elevação ao estatuto de cidade, que veio a acontecer. A partir dessa data, a cidade foi-se desenvolvendo e afirmando-se pela sua centralidade na região do Entre Douro e Vouga, até aos dias de hoje, onde cabem nomes de ilustres sanjoanenses, que marcaram também a história do concelho.

Um desses nomes é o de Flores Santos Leite, nascido em junho de 1926, que completa este ano 93 anos de vida, vividos sempre de uma forma apaixonada pela terra que o viu nascer. “S. João da Madeira, para mim, está acima de tudo. Aqui nasceram os meus avós, os meus pais e agora a minha bisneta. Nasceram todos aqui, e é aqui que eu vivo e aqui que eu sinto", expressou o médico que independentemente da idade, continua a demonstrar uma destreza física e de raciocínio que faz inveja a muitos mais novos. Contemporâneo da história do concelho, que viu nascer alguns meses depois de ter vindo ao mundo, Flores Santos Leite, foi o homem escolhido para comissariar as comemorações dos 35 anos de elevação a cidade de S. João da Madeira.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, "um dos deveres básicos de uma sociedade é o de homenagear os seus melhores", valorizando e deixando "um legado às gerações futuras de padrões de comportamento adequados". Nesse sentido, o convite foi feito a um sanjoanense de "gema", que é rico "na mensagem, na narrativa, no seu percurso de vida como médico, humanista, altruísta e desportista", que considera ser algo "absolutamente singular". O autarca sanjoanense foi mais longe ao afirmar que o que Flores Santos Leite transmite à cidade "é esperança, é alma, é poesia, é vida e é um desejo de procurar mais conhecimento", considerando o seu exemplo "muito positivo para os mais jovens e todos os sanjoanenses".


"Os sanjoanenses sempre quiseram estar na linha da frente" - Jorge Sequeira


Dirigindo-se a uma plateia onde se encontravam alguns jovens, Jorge Sequeira quis deixar-lhes a ideia de que o espírito empreendedor e o inconformismo foi uma marca que sempre caracterizou os sanjoanenses. "Sempre quiseram estar na linha da frente", considerando que lutaram por mais e melhores infraestruturas e equipamentos para a sua terra. "Foi nessa senda, e com base nessa filosofia, que se aspirou, em 1984 ao estatuto de cidade", um marco que diz ter sido ultrapassado, mas que também se tem de manter na atual gestão dos destinos do concelho, "olhando para o futuro, trabalhando coletivamente, procurando inovar cada vez mais, e em cada dia fazer algo pela nossa cidade, de modo a que ela seja, no dia seguinte, melhor do que era no dia anterior".

Com base nestas premissas, o edil sanjoanense afirmou no seu discurso, que S. João da Madeira, encontra-se na linha da frente "em diversos indicadores no plano nacional". Segundo os dados mais recente do Instituto Nacional de Estatística, o ano de 2017, o concelho teve "uma taxa de crescimento efetiva anual superior à taxa de crescimento do país", sendo que terá exportado cerca "710 milhões de euros e importado cerca de 514 milhões de euros, o que significa que o nosso resultado, em termos de balança comercial foi positivo", constatando também o contributo dado para que o país pudesse ter uma balança comercial equilibrada. Estes e outros indicadores foram motivo de regozijo para Jorge Sequeira, que aproveitou o momento para apresentar alguns números que colocam S. João da Madeira num patamar de "excelência, e na linha da frente, sendo que temos o dever de dar continuidade a este trabalho em diálogo com todos sem sobranceria, com humildade, persistência e confiança, valores que nos guiam", concluiu o edil.

A sessão solene contou ainda com a participação especial da Academia de Música de S. João da Madeira, que proporcionou alguns momentos musicais interpretados por alunos e professores, e ainda um momento de poesia, a cargo de Rita Azevedo e Filipa Gomes da APROJ, cabendo o encerramento da sessão à instituição mais antiga do concelho, a Banda de Música, que entre alguns temas, fechou a sessão com o hino de S. João da Madeira.


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