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Utentes da piscina exterior de S.João da Madeira criticam falta de bilhete para quem só vai de manhã

Atualizado: 19 de ago. de 2019


As piscinas municipais exteriores de S. João da Madeira são conhecidas na região pela oferta de um grande espaço verde de descanso, uma piscina de saltos, piscina de 50 metros, piscina para crianças e um parque aquático com dois grandes escorregas de água, o maior dos quais com cerca de 70 metros de extensão e um outro com aproximadamente 30 metros. Procuradas pelos sanjoanenses e muitos visitantes de fora do concelho, foram este ano alvo de algumas intervenções de melhoramento, no intuito de criar melhores condições de conforto e comodidade aos utilizadores que procuram este equipamento nos dias de calor. Por entre as intervenções feitas o município destaca a colocação de um novo tapete de relva, apesar de ter sido apenas intervencionada uma parcela da área com relva, e a requalificação do lava-pés. Outra das novidades para esta época balnear foi a introdução de um novo horário de funcionamento, que mantém as piscinas abertas durante o período do almoço, permitindo a entrada nas instalações da parte da manhã e saída apenas ao final do dia. O equipamento está aberto de segunda a domingo, incluindo feriados, das 10h00 às 19h30, mas agora com a introdução de um custo de 5 euros de segunda a sexta-feira e de 6 euros ao fim de semana e feriados, para maiores de 13 anos, preço diário.


"É completamente descabido pagar o valor do bilhete diário quando apenas se pretende usufruir da piscina no período da manhã" - criticam utentes


Com esta alteração deixou de haver o bilhete só para frequentadores da manhã, que caso o queiram fazer terão de pagar bilhete diário. Já para quem vem a partir das 15h00, e só ao fim de semana e feriados, há a redução de 1 euro. E é precisamente esta alteração do tarifário que está a deixar muitos dos utilizadores deste espaço municipal indignados e desagradados. José Ferreira, residente em S. João da Madeira, começou por elogiar as melhorias feitas no espaço envolvente, mas, no entanto, não deixou de lamentar o facto de apenas " só metade do espaço do relvado é que foi qualificado. A parte não intervencionada continua quase sem relva sendo a terra o mais visível", criticou.

Já em relação ao tarifário, "lamento a inexistência de uma entrada apenas para o período da manhã. É completamente descabido pagar o valor do bilhete diário quando apenas se pretende usufruir da piscina no período da manhã". Esta é uma crítica que é transversal a muitos outros frequentadores, que não consideram justo pagar o mesmo e usufruindo de muito menos tempo.

Já Maria Santos, queixa-se do custo elevado que fica para uma família de quatro pessoas. "À semana são 20 euros e ao fim de semana são 24 euros, a que acresce ainda 1 euro por pessoa para quem quer utilizar os escorregas, não falando do aluguer de cadeiras e guarda-sol", lamentou. Moradora em Oliveira de Azeméis e frequentadora do espaço há já vários anos, considera que agora fica muito caro deslocar-se a S. João da Madeira com a sua família. "Já não compensa passar parte das férias aqui na piscina. É preferível ir para a praia, pois o custo é muito menor", refere.


Coligação PSD/CDS-PP já havia mostrado algumas reservas em relação à alteração de horário e ao novo tarifário


Recorde-se que este tarifário e alteração do horário foi uma proposta do executivo, que na altura mereceu algumas reservas da oposição, que se absteve na votação do ponto.

Na reunião da Câmara Municipal, realizada em maio passado, Paulo Cavaleiro, vereador da coligação PSD/CDS-PP, considerava que teria sido oportuno ter sido feito um estudo de tendências e dinâmicas, inclusivamente “inquéritos para ver se era vontade de só alguns, ou da esmagadora maioria dos utilizadores, o funcionamento ininterrupto das piscinas". Outra das preocupações era o impacto financeiro da medida, bem como o aspeto da higienização da piscina, uma outra das queixas dos frequentadores, que falam em "água suja e com muitos insetos mortos a boiar". Carla Santos, que veio de Lourosa, fala mesmo em "pessoas vestidas dentro de água e falta de limpeza das piscinas".

Mas, por entre críticas e alguns elogios às alterações impostas nas piscinas exteriores do Complexo Desportivo Paulo Pinto, em S. João da Madeira, o funcionamento deste espaço tem sido regular, apesar do estado do tempo não ter proporcionado dias de muito calor. Espera-se, no entanto, pelo final da época balnear para fazer um balanço em termos de número de utilizadores. Refira-se que nos anos anteriores verificou-se um decréscimo, tendo passado pelas piscinas exteriores, em 2016, 72706 pessoas, em 2017 verificou-se uma queda para 66065, e em 2018 para 63011.

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